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BES: a vida dos responsáveis dez anos depois do colapso

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 31 de julho de 2024 às 23:00

Uma década depois da resolução do BES e do colapso do Grupo Espírito Santo são muito poucos os membros do ex-conselho superior do GES e da administração do BES que ainda trabalham – quase todos estão reformados e alguns já morreram. A maioria ainda tem processos às costas.

Continuo a trabalhar todos os dias, como é óbvio”, responde José Maria Ricciardi, o ex-presidente do banco de investimento do BES, primo direito de Ricardo Salgado. Ricciardi é sócio e gestor executivo da Optimal Investments, uma consultora financeira para a área empresarial cofundada por outro gestor que passou por turbulência forte, embora noutro banco – Jorge Tomé, ex-presidente do Banif (e da Caixa). “Trabalho porque preciso – ao contrário de outros, eu não fiz batota”, afirma, numa expressão que costuma repetir aos media para vincar a diferença face ao primo e a parte da família, com que cortou relações no meio do furacão que levou à resolução do BES.

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