Sábado – Pense por si

Aumento da idade de reforma está fora dos planos do Governo, garante deputada do PS

12 de abril de 2019 às 15:13
As mais lidas

Estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos defendeu que só com a subida em três anos da idade da reforma é possível evitar que o atual regime entre em colapso.

A deputada socialista Carla Tavares garantiu esta sexta-feira, no Parlamento, que não está nos planos doGovernoe "muito menos" nos doPSaumentar a idade de reforma em três anos.

"Tendo sido hoje tornado público um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre pensões, o grupo parlamentar do Partido Socialista não pode deixar de referir, e tendo em conta algum alarme que possa ser suscitado na sequência desse mesmo estudo, que não passa pela intenção do Governo e, muito menos, pela do Partido Socialista aumentar a idade de reforma em três anos", disse Carla Tavares aos jornalistas.

O estudo em causa aponta que o número de pensionistas deverá crescer de 2,7 para 3,3 milhões até 2045, o que deveria levar ao aumento da idade de reforma em três anos, para evitar transferências do Orçamento do Estado.

"Aumentar em três anos a idade de acesso às Pensões de Velhice (e pensões antecipadas) da Segurança Social e da CGA [Caixa Geral de Aposentações] permitiria adiar o aparecimento de défices crónicos no Regime Previdencial da Segurança Social para além de 2070", lê-se no documento.

De acordo com a deputada, o estudo é "insuficiente", ignorando aspetos como o "aumento das contribuições", que tem feito com que as contas da Segurança Social "ao longo destes últimos quatro anos" tenham "atingido um valor que hoje pode-se dizer ser confortável".

Carla Tavares destacou ainda o excedente do Fundo de Estabilidade da Segurança social e "o aumento da receita em 8% no primeiro trimestre de 2019".

Para a socialista "estes dados devem ser salientados", sobretudo, tendo em conta que o grupo parlamentar "sempre recusou [...] a opção de privatização dos fundos de pensões".

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.