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Auditora EY sem reservas aos prejuízos de 1.412 milhões do Novo Banco

08 de abril de 2019 às 07:40
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O Novo Banco anunciou a 1 de março que teve prejuízos de 1.412,6 milhões de euros em 2018 e alterou os resultados de 2017, subindo os prejuízos para 2.298 milhões de euros nesse ano.

O Novo Banco aprovou na sexta-feira passada as contas auditadas de 2018, as quais não tiveram reservas da auditora, segundo divulgou no domingo o banco, em mais um passo necessário para a injeção de capital pelo Fundo de Resolução.

Em comunicado divulgado domingo, o Novo Banco indicou que a "assembleia-geral do Novo Banco se reuniu na sexta-feira e aprovou o relatório e contas referentes a 2018", acompanhado da "auditoria independente sem quaisquer reservas pela E&Y".

O Novo Banco anunciou em 01 de março que teve prejuízos de 1.412,6 milhões de euros em 2018 e alterou os resultados de 2017, subindo os prejuízos para 2.298 milhões de euros nesse ano.

O banco anunciou ainda que ia pedir uma nova injeção de capital ao Fundo de Resolução de 1.149 milhões de euros para cobrir as perdas relativas a 2018 com os ativos (crédito malparado, imóveis) incluídos no mecanismo de compensação acordado aquando da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em outubro de 2017.

Este valor criou muita polémica, até porque o Fundo de Resolução terá de pedir dinheiro ao Estado para fazer essa injeção de capital. Além disso, soma-se aos 792 milhões de euros que o Novo Banco recebeu no ano passado do Fundo de Resolução, pelo que, a concretizar-se, aumenta as injeções públicas no banco para 1.941 milhões de euros.

Ainda nos próximos anos o Novo Banco poderá pedir ainda mais dinheiro, uma vez que o mecanismo de compensação determina que pode solicitar ao Fundo de Resolução até 3.890 milhões de euros até 2026.

Ainda segundo o comunicado divulgado, o Novo Banco diz que o relatório aprovado indica que reduziu o crédito malparado em 3.358 milhões de euros em 2018, passando o rácio de crédito malparado para 22,4%.

No final do ano passado, o banco anunciou a venda de contratos de crédito malparado no valor de 2.150 milhões de euros a fundos de investimento.

O Banco Espírito Santo [BES], tal como era conhecido, acabou em agosto de 2014, tendo sido criado o Novo Banco, atualmente detido em 75% pelo fundo Lone Star e em 25% pelo Fundo de Resolução bancário.

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