Sábado – Pense por si

Presidente da federação "chocado" com acusações de Nelson Évora: "Nunca comprámos nenhum atleta"

Jorge Vieira disse à rádio 'Observador' não ter gostado de ouvir as palavras do campão olímpico em Pequim'08 sobre a naturalização de Pichardo

O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) não escondeu a indignação relativamente àspalavras de Nelson Évora,que acusou o organismo de comprar Pedro Pablo Pichardo "para ter resultados a curto prazo" no triplo salto. Jorge Vieira explicou à rádio 'Observador' que se sente "chocado" com as palavras do campeão olímpico em Pequim'2008.

"A federação não teve sequer uma troca de palavras com o Pedro Pichardo antes de ele estar naturalizado. Não houve qualquer convite da nossa parte, nenhum aliciamento. 'Compra' é um termo que me choca. É impossível consentir uma acusação deste género, porque naturalmente não comprámos nenhum atleta, nunca uma naturalização partiu da federação, nunca convidámos nenhum atleta a ser português", explicou Jorge Vieira.

Depois contou por que a naturalização de Pichardo foi mais rápida do que a de Nelson Évora, que demorou 11 anos. "Isso é feito de acordo com a lei portuguesa. Há um regulamento que qualquer pessoa pode consultar, são leis públicas. A lei da nacionalidade, no artigo 24.º, aponta casos especiais, como a situação de atletas, ou noutras áreas, onde os cidadão candidatos à nacionalidade possam prestar serviços relevantes ao estado português, mediante vários requisitos. E em nenhum deles está o esperar 11 anos. Isto é apreciado pelo Governo, pelo Ministério da Justiça, sendo também sustentado por pareceres. Houve um parecer da federação a sustentar que o atleta, ao ser naturalizado, podia prestar serviços ao país."

A naturalização de Nelson Évora foi diferente: "Ele veio para Portugal com 9 anos, não colhia nenhum argumento dentro desta lei, que nem sei se na altura existia. Durante todo este período jovem do Nelson Évora não houve qualquer argumento para acelerar a naturalização. Teve de se esperar pela maioridade."

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.