Com 33 quilómetros de largura no seu ponto mais estreito, o Estreito de Ormuz, liga Omã ao Irão e por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial.
Depois da escalada do conflito no Médio Oriente, com osEstados Unidos a atacarem três instalações nucleares iranianas, o parlamento iraniano recomendou que o Estreito de Ormuz seja fechado. Tal recomendação terá ainda de ser aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional do Irão e pelo líder supremo da república iraniana, o aiatola Ali Khamenei.
Estreito de Ormuz
O que é o Estreito de Ormuz?
Com 33 quilómetros de largura no seu ponto mais estreito, o Estreito de Ormuz, liga Omã ao Irão e é um dos principais corredores comerciais do mundo, no caso do transporte de petróleo é mesmo o corredor mais importante do mundo.
O Irão já ameaçou fechar Ormuz várias vezes, mas nunca chegou a fazê-lo, até porque este estreito assume também um ponto central na sua economia, permitindo exportar a maior parte do seu petróleo. No entanto é também um ponto de passagem fundamental para outros membros da organização dos Países de Petróleo (OPEP) como a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque, o que aumenta a pressão sobre o Irão.
Qual pode ser impacto do fecho do estreito?
O Estreito de Ormuz é um dos pontos estratégicos mais importantes do mundo, pelo qual passam cerca de 20% do petróleo mundial e uma parte significativa do gás natural. Se o Irão aprovar o fecho do estreito os preços do petróleo vão disparar a nível mundial, aumentando também a inflação e os custos da energia.
O estreito é também uma rota fundamental para o transporte marítimo mundial pelo que o seu bloqueio pode atrasar importações de matérias-primas, produtos eletrónicos e bens de consumo afetando as cadeias de abastecimento, especialmente nas indústrias transformadora, transportes e agricultura.
Alguns dos países europeus dependem fortemente do petróleo e gás natural que importam dos países do Golfo, especialmente depois da invasão russa à Ucrânia ter levado muitos países a diminuírem as suas importações à Rússia, pelo que um bloqueio pode originar uma escassez de energia que terá um forte impacto na economia. Mesmo os países que são menos dependentes do petróleo do Golfo sentirão um forte impacto na sua economia caso o estreito seja bloqueado uma vez que a quantidade de petróleo disponível para ser comercializado globalmente iria decair e o seu preço disparar.
Vale a pena lembrar que, apesar de o Estreito de Ormuz ainda estar aberto, devido ao aumento da tensão no Médio Oriente os combustíveis em Portugal subiram, a partir de hoje, oito cêntimos no gasóleo e três cêntimos na gasolina. Logo depois da recomendação do parlamento iraniano o preço do petróleo subiu 4%, mas rapidamente recuou.
Além dos países do Ocidente, a China seria uma das grandes prejudicadas com o bloqueio do estreito uma vez que é o maior comprador de petróleo bruto iraniano.
Quais estão a ser as respostas à ameaça iraniana?
O presidente norte-americano já pediu, esta segunda-feira, que os Estados Unidos e outras economias produtoras de petróleo aumentem a produção, evitando o impacto de um possível bloqueio do Estreito de Ormuz.
"Ao Departamento de Energia: perfurem, perfurem, perfurem!!! E quero dizer agora!!! Todos, mantenham os preços do petróleo baixo. Estou de olho! Estão a fazer o jogo do inimigo. Não façam isso!", afirmou nas redes socias.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline leavitt, também já considerou que "o regime iraniano seria tolo em tomar essa decisão".
Num comunicado publicado esta segunda-feira, o porta-voz dos Ministério dos Negócios Estrangeiros Chinês, Guo Jiakun, referiu que a comunidade internacional deve trabalhar mais para evitar que o conflito entre o Irão e Israel "tenha um impacto mais significativo no desenvolvimento económico global".
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