
Ormuz, o estreito de que todos falam
O Irão ameaçou, o Irão recuou (mais uma vez). Ormuz, símbolo de tráfego marítimo de petróleo e gás, continua aberto. E os portugueses fazem parte da sua história.
O Irão ameaçou, o Irão recuou (mais uma vez). Ormuz, símbolo de tráfego marítimo de petróleo e gás, continua aberto. E os portugueses fazem parte da sua história.
Com 33 quilómetros de largura no seu ponto mais estreito, o Estreito de Ormuz, liga Omã ao Irão e por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial.
Os mercados globais estão a tentar determinar o que está por vir depois dos ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares importantes do Irão com centenas de bombas e mísseis Tomahawk.
O porta-voz das Forças Armadas iranianas disse que o "ato hostil" dos EUA vai alargar o âmbito dos alvos legítimos do Irão, provocando o prolongamento da guerra na região do Médio Oriente.
O conflito no Médio Oriente entre Israel e Irão fez disparar os preços do petróleo e o efeito nos combustíveis vai começar a fazer-se sentir já na próxima semana.
Teerão captura regularmente petroleiros e navios de carga no Estreito de Ormuz e no Golfo Pérsico.
O navio “português” apresado pelo Irão mostra-nos o custo dos nossos Vistos Gold flutuantes.
Durante a reunião o Governo português reiterou "de forma veemente e categórica a condenação do recente ataque realizado contra o Estado de Israel".
O embaixador de Portugal em Teerão reuniu-se hoje de manhã com o chefe da diplomacia do Irão, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz.
Israel está em alerta máximo e a intercetar todos os mísseis e drones que foram lançados. Ato é retaliação pelo bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, mas Teerão avisa que se Telavive não responder, ação fica por aqui.
O navio de carga, o MSC Aries, tem pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres. Não há cidadãos portugueses a bordo.
Guarda Revolucionária do Irão apreendeu o navio, que disse estar "ligado a Israel". Navio é considerado solo português e, por isso, Governo está a acompanhar situação.
"Não será seguramente com uma fragata ou um navio, mas haverá alguma participação do nosso lado", avançou João Gomes Cravinho.
...e o do gás também. É provável que a inflação aumente e pode haver menos turismo na região. Tudo depende de quanto tempo durar o conflito e dos países a que alastrar. Para já, Portugal ainda vende molhos para os McDonald’s de Israel.
O Qatar serviu de mediador entre o Irão e os Estados Unidos, dois países que não mantêm relações diplomáticas.
Quando o terceiro maior produtor de petróleo invade o sexto maior produtor de cereais o risco económico é claro: inflação mais alta. "Vai ter impacto", diz o líder da associação das empresas agroalimentares.