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Óleo de bagaço de azeitona pode ser um bom aliado para a obesidade e diabetes

Márcia Sobral
Márcia Sobral 22 de janeiro de 2023 às 10:00
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Investigadores dizem que vários estudos apontam que este é um óleo benéfico para a redução do colesterol, níveis de insulina e gordura visceral.

Um grupo de investigadores decidiu analisar vários estudos sobre os efeitos do óleo de bagaço de azeitona no consumo humano e compará-lo com o óleo de girassol. O resultado foi bastante positivo, uma vez que se percebeu que poderia ser um bom aliado para doenças como a obesidade e diabetes.

Jerónimo Alba/Getty Images

No fundo, segundo explica o El País, falamos de um óleo que é produzido através da utilização integral da azeitona. De acordo com os especialistas, na maioria dos azeites – o normal, o virgem e o virgem extra - apenas é utilizado 20% da azeitona, enquanto no óleo de bagaço de azeitona são também incorporados os outros 80% (constituídos por água, cascas e caroços).

Uma vez que em Espanha o consumo de óleos e azeites é bastante elevado, um grupo de investigadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Nutrição (ICTAN) do Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) decidiu avançar com as pesquisas.

O primeiro trabalho, que acabou por ser publicado noEuropean Journal of Nutrition, determinou que este óleo poderia melhorar o perfil de lípidos no sangue. Reconheceram benefícios ainda na redução dos níveis do colesterol LDL, da pressão arterial e da função do endotélio. Porém, os cientistas ressalvam que nesta primeira fase apenas foram estudados os benefícios em animais.

Já no segundo estudo, foram usados 31 voluntários com níveis normais de colesterol e 37 com hipercolesterolemia. Através do consumo dos dois óleos não foram detetadas alterações significativas porém, os cientistas perceberam que o consumo prolongado atuava na "redução da gordura visceral, podendo contribuir para melhorar o estado cardio-metabólico, com um efeito potencialmente positivo no tónus vascular".

No terceiro e último trabalho, foram usados como cobaias apenas pessoas consideradas saudáveis. Nesta população identificou-se uma igual redução do colesterol total, do colesterol mau e do perímetro de cintura. Os resultados mostraram ainda que o uso da gordura da azeitona reduz os níveis de insulina e aumenta a sensibilidade dos tecidos, a resposta das células à hormona e à glicose.

Ainda assim, os cientistas alertam que a média de ingestão diária deve ser de 45 gramas (cerca de quatro colheres de sopa) e que a população não deve abandonar totalmente o consumo de óleo de girassol. O ideal é então "adotar uma dieta equilibrada", que contemple os dois tipos de condimentos.

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