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Fingia que vacinava as crianças, enfermeira que deitava doses para o lixo investigada em Espanha

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 25 de fevereiro de 2023 às 14:16
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O Serviço Basco de Saúde, Osakidetza, está a investigar o caso depois de um total de 42 famílias terem apresentado queixa pelos crimes de desvio de recursos públicos e falsificação de documentos.

Uma enfermeira espanhola está a ser investigadas por suspeitas de desvio de recursos públicos e falsificação de documentos por fingir vacinar as crianças que atendia numa unidade de saúde no País Basco.

Reuters

Na cidade de Santurce, que conta com cerca de 45 mil habitantes, a enfermeira em questão é conhecida por ser negacionista e antivacinas pelo que vários pais afirmam que têm dúvidas de que os seus filhos tenham sido vacinados, classificando o comportamento da enfermeira como "estranho".

Segundo as autoridades locais responsáveis pelo caso a enfermeira "fazia o processo de uma forma rápida, tirava a seringa à pressa e depois punha-a no lixo ainda com a dose lá dentro".

O Serviço Basco de Saúde, Osakidetza, está a investigar o caso depois de um total de 42 famílias terem apresentado queixa pelos crimes de desvio de recursos públicos e falsificação de documentos.

Uma das mães que assinou a denúncia refere que não sabe se o seu filho de 18 meses alguma vez chegou a ser vacinado com as vacinas estipuladas na vacinação infantil.

O caso da "enfermeira antivacinas" começou a ganhar notoriedade em outubro quando a Osakidetza começou a acumular várias queixas em relação ao comportamento e comentários que esta enfermeira tecia sobre a administração de vacinas. Estas queixas referem-se também a vacinas obrigatórias como a Hepatite B, Tétano ou Difteria.

Um dos pais refere que a enfermeira lhe disse que "a melhor cura para o Tétano é que o menino andasse descalço na relva".

As autoridades sanitárias estão agora a verificar se os menores apresentam os anticorpos necessários no seu organismo. Os 50 testes que já foram feitos revelam que parte das crianças não detinham uma imunização correta.

Atualmente a enfermeira não se encontra a exercer funções mas a clínica refere que a mesma está de "baixa".

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