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Como foi feito um transplante de um coração incompatível

Lucília Galha
Lucília Galha 11 de março de 2018 às 21:00

Já se transplantam crianças de diferentes grupos sanguíneos. Ainda não em Portugal, mas os especialistas garantem que acontecerá em breve.

Carla nasceu sem o ventrículo esquerdo, uma malformação cardíaca grave e incompatível com a vida. Para os doentes como ela só existem três opções: uma é não fazer nada e deixar a doença seguir o seu curso; outra é fazer uma operação que tenta remediar a situação, redireccionando o fluxo sanguíneo para que o ventrículo direito seja capaz de bombear o sangue sozinho (que, segundo os especialistas, não é uma solução ideal); a terceira é um transplante, que raramente acontece porque não há órgãos disponíveis. Contudo, a bebé espanhola de 5 meses, com apenas cinco quilos, acabou por conseguir uma outra (e inédita) solução. No dia 9 de Janeiro, às 8h da manhã, em Madrid, Carla recebeu um coração, mas de um dador com um grupo sanguíneo incompatível com o seu – o que subverte um princípio clássico da transplantação, a compatibilidade entre o órgão transplantado e o hospedeiro.

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