Quatro pessoas foram detidas pelas autoridades suíças. Mulher norte-americana usou a cápsula num bosque junto à fronteira com a Alemanha.
Sarco. Assim se chama a "cápsula para suicídios" usada pela primeira vez esta segunda-feira, 23, e que levou à detenção de várias pessoas na Suíça, revelou a polícia esta terça-feira.
A ocorrência foi registada em Schaffhausen, uma cidade junto à fronteira com a Alemanha. O dispositivo foi usado num bosque e, segundo o grupo Last Resort (que gere a cápsula), quem morreu foi uma mulher de 64 anos e de nacionalidade norte-americana com um sistema imunitário gravemente comprometido.
As autoridades só foram avisadas depois de um escritório de advogados ter lançado um alerta sobre um suicídio que envolvia um dispositivo.
Quatro pessoas foram detidas, entre elas um fotógrafo, segundo o jornal holandês Volksrant, e o co-presidente da Last Resort, Florian Willet. Este último foi o único presente no momento da morte da mulher norte-americana. Todos os detidos são suspeitos de "induzir, ajudar e instigar o suicídio".
A cápsula foi projetada para permitir que quem esteja lá dentro aperte um botão que injeta gás nitrogénio e adormeça até morrer, sufocado em poucos minutos. A Sarco, empresa por detrás desta máquina polémica, confirma que a cápsula só funciona se for realmente ativada pela pessoa que procura terminar com a sua própria vida.
Este é o primeiro caso de suicídio que ocorre no âmbito da utilização desta máquina. Em julho, um grupo que promove o dispositivo Sarco disse que estava prevista a utilização da máquina ainda este ano, apesar de os procuradores de algumas regiões suíças terem alertado que o uso da cápsula poderia levar a um processo.
Os defensores deste tipo de dispositivos acreditam que esta é uma forma de expansão de acesso à eutanásia, uma vez que oferece uma opção que não depende de medicamentos ou médicos. Além disso, é portátil e pode ser impressa e montada em casa através de uma impressora 3D.
Embora a morte assistida seja legal na Suíça, o grupo Sarco tem sido alvo de algumas críticas. Os críticos temem que o design moderno do dispositivo exalte o suicídio e que o facto de ser posta em prática sem supervisão médica seja preocupante.
A lei suíça permite o suicídio assistido desde que a pessoa tire a sua própria vida sem "assistência externa" e que quem a ajude a morrer não o faça por motivos "egoístas".
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