Estudo afirma que mulheres que contraíram covid-19 e que já se curaram podem transmitir anticorpos ao bebé através do leite materno.
Cientistas detetaram a presença de três tipos de moléculas de defesa do organismo humano em amostras fornecidas por mulheres que haviam recuperado de covid-19. De acordo com o estudo agora publicado, o leite materno contém elementos que podem robustececr o sistema imunitário dos bebés contra a SARS-CoV-2, tal como faz uma vacina, mesmo que com uma eficácia mais reduzida.
Getty Images
O estudo foi divulgado na revista científicaiScience e de acordo com o mesmo o leite materno de pacientes que recuperaram da covid-19 contém anticorpos contra a patologia. Os cientistas que levaram a cabo este estudo trabalham na Escola de Medicina Icahn do hospital de Mount Sinai, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
No total foram examinadas amostras de oito doadoras que tinham sido infetadas pelo novo coronavírus, e de sete com suspeita da infeção. Os cientistas pretendiam assim identificar a presença de anticorpos IgA, que são comummente encontrados em secreções do organismo. Investigações recentes descobriram os anticorpos IgA, abundantes nas mucosas dos infetados pelo novo coronavírus, são os primeiros a aparecer quando o organismo contrai o SARS-Cov-2 e, ao mesmo tempo, os que melhor o neutralizam.
Das 15 amostras analisadas, 80% mostraram uma forte resposta de IgA contra o SARS-CoV-2. Mais ainda, 67% continham anticorpos IgM (os primeiros a reagir quando o sistema imunitário deteta uma infeção viral) e IgG (que são os mais abundantes).
"No geral, esses dados indicam que uma resposta robusta de sIgA-dominante [anticorpo IgA normalmente encontrado em muco] ao SARS-CoV-2 no leite humano após a infeção deve ser esperada numa maioria significativa de indivíduos", apontaram os autores do estudo, citados pelo iScience.
Contudo, o trabalho científico tem algumas limitações, isto porque nem todas as voluntárias foram submetidas a um exame do tipo PCR, de modo que não pode ser declarado com absoluta certeza que contraíram covid-19, havendo sete que apenas tinham suspeitas de terem sido infetadas. Isto leva os autores do estudo a declarar que é necessário procurar mais provas sobre estas descobertas iniciais, com mais voluntários e mais amostras.
Adicionalmente, ainda é preciso verificar se os anticorpos fornecidos pelo leite materno podem de facto proteger os bebés da Covid.
Os cientistas referiram: "a resposta imune SARS-CoV-2 no leite humano ainda não foi examinada, embora proteger bebés e crianças pequenas de Covid-19 seja fundamental para limitar a transmissão na comunidade e prevenir doenças graves e morte".
Dar de mamar enquanto infetada
A UNICEF declarou que as mães que estejam a amamentar bebés e que contraiam o SARS-CoV-2 podem continuar a dar de mamar desde que siga todas as precauções necessárias, sendo que estudos limitados realizados até ao momento não detetaram o vírus no leite materno.
É então incerto se uma mãe infetada com o vírus que causa a covid-19 possa transmitir o vírus durante a alimetação do bebé. No entanto, a grande preocupação é a respiração para cima da criança durante o processo.
Por isso, mães infetadas com covid-19, ou com suspeitas, devem tomar medidas de segurança antes de darem de mamar, como lavar as mãos antes de segurar o bebé e usar máscara para evitar transmitir o vírus pelas gotículas respiratórias quando se está em contacto próximo.
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