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Desconfinar a 15 de março? O que foi dito na reunião do Infarmed

Os partidos estão a reagir ao que foi deito pelos especialistas durante a 17ª reunião do Infarmed relativa à covid-19. Em cima da mesa estiveram em discussão os cenários para a reabertura do país.

Reunião Infarmed António Costa e Marcelo Rebelo de sousa
Reunião Infarmed António Costa e Marcelo Rebelo de sousa Lusa
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Ao Minuto Atualizado 08 mar 2021
08 mar 2021 08 de março de 2021 às 17:42
Lusa

PCP apela a mais apoios e investimento no SNS

O PCP admitiu hoje que a redução de casos de covid-19 cria "condições para o desconfinamento tão necessário à vida do país e dos portugueses", mas avisou que é preciso mais apoios e investimento no SNS.

Num comunicado de Jorge Pires, da comissão política dos comunistas, "regista-se positivamente a continuação da descida sustentada do número de incidências por 100.000 habitantes e do número de internamentos" e que "Portugal é hoje o País da União Europeia com o menor índice de transmissibilidade da Europa".

Pelo que estão "criadas as condições para o desconfinamento tão necessário à vida do país e dos portugueses", segundo Jorge Pires, em formato de texto e vídeo.

O PCP reafirma ainda que "o que o país precisa é de reforçar a proteção individual, fazer a pedagogia da proteção e reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), concretizando todas as medidas aprovadas no Orçamento do Estado".

Uma delas é "a contratação dos mais de 500 profissionais em falta na estrutura" de saúde pública, prevista no orçamento.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 16:00
autor Diogo Barreto

O PAN defendeu um desconfinamento "com conta, peso e medida"

O PAN defendeu um desconfinamento "com conta, peso e medida", adequado à "realidade de cada região", e pediu ao Governo que divulgue mais informação para que os portugueses conheçam "o nível de risco em que se encontram".

"Compreendemos que há de facto neste momento um grande desgaste dos efeitos da pandemia, há também uma repercussão socio-financeira que de facto está a ter um impacto brutal em muitos setores, mas aquilo que levou a exigirmos um sacrifício tão grande dos portugueses não pode ser deitado a perder e é importantíssimo que este desconfinamento aconteça de forma absolutamente gradual e ponderada, e adequada aquilo que é a realidade de cada região", defendeu Inês Sousa Real.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 15:53
autor Diogo Barreto

Liberais criticam plano de desconfinamento feito "em cima do joelho"

O presidente da Iniciativa Liberal lamentou a ausência de uma estratégia de testagem maciça. Cotrim Figueiredo afirmou que "há uma noção de falta de urgência, de improviso, em relação a esta matéria que choca muito registar".

"Más notícias: aparecem no dia 08 de março, quando se presume que o Governo vá anunciar dia 11 aquilo que se passará ainda esta semana e na próxima, sempre em cima do joelho, e aparecem quatro planos de desconfinamento, não um, mas quatro e que não são totalmente compatíveis entre si - alguns deles com aspetos preocupantes relativamente ao caráter restritivo das medidas, durante demasiado tempo", condenou o presidente da IL.

"Não ficámos com nenhum plano de testes que possa acompanhar o plano de desconfinamento e, se assim for, não há suficiente segurança para as pessoas poderem aderir", criticou ainda, sublinhando igualmente a falta de dados no encontro de hoje sobre o plano de vacinação uma vez que o coordenador, vice-almirante Gouveia e Melo, não participou na reunião.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 15:25
autor Diogo Barreto

PS apela a desconfinamento "cauteloso, rigoroso e gradual"

O PS considerou que, face aos mais recentes indicadores epidemiológicos, estão reunidas as condições para que se inicie um plano de deconfinamento "cauteloso, rigoroso e gradual", de acordo com Maria Antónia Almeida Santos que falou na Assembleia da República.

"Na reunião, ouvimos que a situação do país está em franca melhoria, com uma redução da incidência da covid-19 em todo o território, particularmente com uma descida dos internamentos em cuidados intensivos e em enfermaria. Todos os dados apontam que a situação está melhor, apresentado Portugal o indicador de transmissibilidade mais baixo da Europa, apesar de agora haver alguma tendência de aumento", apontou

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 15:14
autor Diogo Barreto

Ventura diz que concorda com um desconfinamento "gradual"

André Ventura, do Chega, classifica as informações divulgadas durante a reunião do Infarmed como "interessantes" e destaca o "Rt mais baixo da Europa", afirmando que foi à custa dos "negócios, as pessoas e as famílias".

O deputado único do Chega disse ainda que é favorável a um plano de desconfinamento gradual. "Está a haver menos adesão e está a ser destrutivo e contra-produtivo aquilo que estamos a impor aos pequenos serviços, aos cabeleireiros, ao turismo", diz, lembrando que as pessoas já não estão a obedecer ao confinamento.

"Somos os únicos na Europa com este tipo de confinamento e não é por precaução, é porque não fizemos o que devíamos ter feitos nos hospitais", atira.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 13:34
autor Diogo Camilo

Reunião do Infarmed termina

Obrigado por ter acompanhado o Ao Minuto da SÁBADO.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 13:03
Lusa

Governo convocou parceiros sociais para reunião extraordinária na quarta-feira

O Governo convocou as confederações sindicais e patronais para uma reunião de concertação social extraordinária na quarta-feira, para lhes apresentar o plano de desconfinamento.

A convocatória, a que a agência usa teve acesso, foi enviada na sexta-feira à noite aos parceiros sociais pelo Conselho Económico e Social (CES), a pedido do gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com a promessa de que a ordem de trabalhos lhes será encaminhada oportunamente.

Fonte da UGT disse à agência Lusa que, entretanto, os parceiros sociais foram informados pela ministra do Trabalho de que o objetivo do encontro é a apresentação do plano de desconfinamento que o Governo irá divulgar quinta-feira.

Esta reunião extraordinária da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) vai realizar-se durante a manhã e por videoconferência, como tem sido habitual no último ano devido aos constrangimentos sanitários causados pela pandemia da covid-19.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 12:26
autor Diogo Camilo

Os níveis de risco da covid-19 para o país e para os concelhos

Fala agora Óscar Felgueiras, professor e investigador do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que apresenta a lista de patamares de risco segundo a incidência por 100 mil habitantes da covid-19.

Em concelhos, o risco extremamente elevado é considerado como acima dos 960 infetados por 100 mil habitantes em 14 dias, com o risco muito elevado a ser superior a 480 casos por 100 mil habitantes, e o de risco elevado a ser superior a 240 casos por 100 mil habitantes.

Segundo o boletim da DGS da última semana, apenas três concelhos estavam em risco extremo da covid-19: Manteigas, Arronches e Resende.

A nível nacional, o risco elevado fica a partir dos 240 infetados por 100 mil habitantes, enquanto o nível alto de risco fica acima dos 120 casos por 100 mil habitantes, o nível médio acima dos 60 casos por 100 mil habitantes e o nível baixo fica entre os 30 e 60 casos por 100 mil habitantes.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 12:14

Cenário para desconfinamento pode chegar a 15 de março

Volta a falar Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Com mira apontada ao desconfinamento, o epidemiologista refere que o objetivo é o controlo da transmissão na comunidade e nos grupos de risco e que, para isso, é necessário baixar "de forma sustentada" a incidência da covid-19.

O especialista aponta que o desconfinamento só deve ser uma realidade com uma taxa abaixo dos 60 casos por cada 100 mil habitantes, além de um Rt menor do que 1 ou muito próximo de 1.

Neste momento, Portugal apresenta 141 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, além de um R(t) bastante abaixo de 1.

No entanto, a incidência a 7 dias está já abaixo dos 100 novos casos por 100 mil habitantes e Baltazar Nunes aponta mesmo que, com a "tendência decrescente", a 15 de março Portugal "provavelmente" ficará "numa situação muito perto dos 60 casos por 100 mil habitantes e da taxa de ocupação desejada" para as UCI.

O epidemiologista apontou ainda a taxa de positividade que é de 3%, além de que o atraso entre testes e notificação dos mesmos aconteça em cerca de 10% dos casos positivos.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 12:05
autor Diogo Camilo

Divisão em cinco patamares de risco. Henrique de Barros defende reabertura de escolas

Por videoconferência, Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresenta um conjunto de medidas para a resposta à pandemia, a partir da experiência dos países da União Europeia e do Reino Unido.

Com base em projeções, divide as medidas em cinco grupos com base na incidência cumulativa:

Patamar 0 - Sem medidas - apenas medidas individuais;

Patamar 1 - Impedimento de reuniões com mais de 50 pessoas;

Patamar 2 - Intervenção sobre cafés, restaurantes e outro comércio;

Patamar 3 - Interrupção de atividades de ensino presencial no secundário e superior;

Patamar 4 - Interrupção de atividades de ensino presencial no básico e encerramento de creches;


O epidemiologista aponta que a "generalidade dos países, no início da pandemia, tomou medidas em maior intensidade, mas ao longo do tempo foi mudando", referindo o Reino Unido como exemplo, que está abaixo da média nas restrições a escolas, mas acima no fecho do comércio. Portugal, por sua vez, só respondeu com o encerramento das escolas numa fase mais avançada da pandemia.

Henrique de Barros aponta também que na primeira vaga a incidência era cerca de sete vezes mais baixa quando se tomaram as decisões e na segunda vaga esses valores "eram muito mais altos".

Segundo os patamares acima apresentados, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto prevê que, com os valores de domingo sobre a incidência acumulada a 14 dias, a decisão que tomariam seria a de "restrição da aglomeração de pessoas". Olhando para os valores sobre os internamentos em UCI, a decisão já seria "a restrição do comércio, cafés, restaurantes e lugares de encontros".

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:28
autor Diogo Camilo

Variante do Reino Unido cresceu 20% na última semana

O investigador João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, explica agora a evolução das novas variantes da covid-19 no país. 

Segundo projeções apresentadas pelo diretor do departamento de infeciologia do INSA, o confinamento conseguiu retardar em seis semanas as previsões dos números sobre as infeções com a variante britânica. Ainda assim, e apesar da estabilização dos últimos meses, "na última semana a variante do Reino Unido cresceu 20%", referiu.

Sobre outras novas variantes que têm causado alarme, João Paulo Gomes avança que foram confirmados mais oito novos casos de África do Sul, para um total de 12 casos, e mais nove novos casos da variante do Brasil, de Manaus, para um total de 11 casos. O investigador aponta, no entanto, que os casos estão "perfeitamente controlados".

João Paulo Gomes deu ainda conta da implementação nacional de um sistema de testagem de casos positivos através de sondas que detetam as mutações das variantes. O investigador alertou, no entanto, que testes rápidos não permitem a identificação de variantes do novo coronavírus.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:27
autor Diogo Camilo

Especialistas e responsáveis políticos discutem desconfinamento

Especialistas e responsáveis políticos voltam a reunir-se no Infarmed para discutir a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal. Siga ao minuto a discussão sobre os cenários para a reabertura da economia e as linhas vermelhas caso a situação volte a agravar-se.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:27
autor Diogo Barreto

Desconfinar ou não desconfinar, eis a questão

Números de novos infetados e internados em enfermaria estão abaixo das linhas vermelhas, bem como o Rt. Mas as unidades de cuidados intensivos continuam com demasiados internados.

SÁBADO ouviu especialistas que apontaram para possíveis cenários de desconfinamento, mas sempre muito cautelosos e tendo em mente que quando o desconfinamento acontecer, os números vão aumentar.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:27

Siga ao minuto a reunião no Infarmed

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08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:27
autor Diogo Camilo

Portugal com 141 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias

Depois de uma introdução da ministra da Saúde, Marta Temido, o primeiro a falar é o diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos.

O especialista refere que a tendência de descida de novos casos em Portugal manteve-se, com a incidência cumulativa a 14 dias a ser, neste momento, de 141 casos por 100 mil habitantes, com "melhorias em praticamente todo o território".

Os cuidados intensivos também registaram uma descida, apresentando um número de internados "semelhante à primeira semana de novembro". A mortalidade está também com tendência descrescente, apresentando números semelhantes à terceira semana de outubro de 2020.

Na passada semana, a SÁBADO noticiou que Portugal era já o país da UE com menor incidência a sete dias.

08 mar 2021 08 de março de 2021 às 11:26
autor Diogo Camilo

Portugal continua a ter o R mais baixo da Europa

Fala agora Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que revela que Portugal continua a ter o mais baixo índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2 da Europa.

Apontando um cenário de descida, o epidemiologista refere que todas as regiões do continente têm o seu R(t) abaixo de 1, com as regiões autónomas a terem um R acima de 1. O índice médio na última semana foi de 0,74, "o valor mais baixo a 10 de fevereiro", mas a descida "tem vindo a desacelerar nos últimos 15 dias".

Este fim-de-semana, a SÁBADO deu conta de que o R(t) da covid-19 em Portugal subiu mesmo na passada semana, pela primeira vez desde a época natalícia. Ainda assim, o índice é o mais baixo na região da União Europeia.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.