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Quando o doente é o Serviço Nacional de Saúde

Susana Lúcio
Susana Lúcio 26 de setembro de 2021 às 10:00

Mais de um milhão de utentes sem médico de família, urgências com horas de espera, médicos exaustos e recém-formados que preferem o setor privado. Retrato do SNS à beira do caos.

Fátima Moreira ficou sete horas nas urgências do Hospital de São José, em Lisboa, e não foi assistida. A fiscal da EMEL sentiu-se mal dois dias depois de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. “Tinha a respiração ofegante, sentia um formigueiro pelo corpo e um cansaço extremo. Não me conseguia mexer”, conta. Chegou às 16h20 e recebeu a pulseira verde, a menos prioritária. O ecrã eletrónico indicava um tempo de espera de 2h30, mas às 19h e depois de ter vomitado, Fátima Moreira ainda tinha 12 pessoas à frente. Quatro horas depois, às 23h00, garantiram-lhe que seria a próxima, mas não a chamaram. “Tinha ainda mais três pessoas à frente. Estava pior do que quando tinha entrado e fui-me embora.”

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