Paula Rego colaborou com Agustina Bessa-Luís no livro "As Meninas", editado originalmente em 2001, que reúne textos da escritora sobre pinturas da artista plástica.
A pintora portuguesa Paula Regolamentou hoje a morte da escritora Agustina Bessa-Luís, com quem colaborou há quase vinte anos, sublinhando que foi surpreendida pela morte da autora.
"Foi uma extraordinária mulher, escritora, que deixou um enorme legado a todos nós", afirmou Paula Rego, em nota enviada à agência Lusa pela Casa das Histórias.
Paula Rego colaborou com Agustina Bessa-Luís no livro "As Meninas", editado originalmente em 2001, que reúne textos da escritora sobre pinturas da artista plástica.
"Quando pego na pena para escrever sobre Paula Rego, faço-o como se reatasse um antigo encontro. Desde a infância. Lentamente, desdobro as pregas dessa vida de menina e em muitos detalhes eu estou lá", admitia Agustina Bessa-Luís no livro, que resultou de um convite feito por Manuel S. Fonseca, então editor da Três Sinais.
A obra seria mais tarde reeditada pela Guerra & Paz, do mesmo editor.
Há muito afastada da vida pública por razões de saúde, Agustina Bessa-Luís morreu hoje, aos 96 anos, no Porto e o funeral realiza-se na terça-feira, dia em que o Governo decretou luto nacional.
O seu nome destacou-se em 1954, com a publicação do romance "A Sibila", que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz.
Recebeu igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra "Os Meninos de Ouro", e em 2001, com "O Princípio da Incerteza I - Joia de Família".
Foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015.
Em 2004, Agustina recebeu os Prémios Camões e Vergílio Ferreira.
Foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988.
Questionada sobre o que escrevia, a autora disse, num encontro na Póvoa de Varzim: "É uma confissão espontânea que coloco no papel".
Paula Rego sublinha legado de Agustina, "uma extraordinária mulher"
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
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