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“Os hospitais ligam-me a pedir para ir buscar corpos. Precisam de espaço”

Ana Taborda
Ana Taborda 31 de janeiro de 2021 às 10:13

Quase duplicaram o espaço para cadáveres, aumentaram em 600% o consumo de álcool gel, fizeram perto de 200 testes aos funcionários. Os serviços também são mais difíceis. "As pessoas estão a morrer em casa e nos lares". O diretor-geral de uma funerária fala sobre a pandemia.

Os caixões passaram a ser entregues duas a três vezes por semana (em vez de uma) e ocupam mais um piso. Não foi a única coisa que mudou na Servilusa com o aumento da mortalidade: há um contentor frigorífico extra, uma subida de 787% na utilização de máscaras e muito mais pessoas a trabalhar fora de horas, em operações mais difíceis. "Faço muito mais remoções de falecidos em casa. As pessoas estão a morrer em casa e em lares", diz à SÁBADO Paulo Carreira, diretor geral de negócio. No início da pandemia, com o espaço aéreo encerrado, tiveram que manter dois cadáveres nas instalações durante mais de um mês. O impacto da pandemia na maior funerária do País.

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