Um mês depois de uma colega de Lorna Rooke ter feito um teste de personalidade com as personagens do Star Wars em seu nome e espalhado os resultados, a supervisora acabou por se demitir.
Um tribunal de trabalho no Reino Unido decidiu que comparar um colega de trabalho com Darth Vader, vilão dos filmesStar Wars, é algo "insultuoso" e "perturbador".
Morgan Tencza-USA TODAY Sports
"Darth Vader é um vilão lendário da sérieStar Wars, e estar alinhado com a sua personalidade é um insulto", afirmou a juíza Kathryn Ramsden.
Em causa está um caso de uma funcionária do National Health Service (serviço nacional de saúde britânico) que fez uma queixa depois de uma colega ter feito um teste psicológico com o tema dos filmes em seu nome e ter dito aos colegas que Lorna Rooke se enquadrava na categoria do vilão. Agora, o tribunal concluiu que o resultado do teste online refletiu acima de tudo a perceção da colega sobre Lorna Rooke e que "não é de admirar" que esta tenha ficado chateada com o resultado.
O questionário em causa classificava as pessoas em 16 categorias tendo por base o quão introvertidas são, qual o seu nível de intuição, se são guiadas pela razão ou pela emoção e como percebem o mundo ao seu redor. A categoria Darth Vader foi considerada insultuosa uma vez que nos filmes a personagem é meio humana meio máquina e utiliza "o lado negro da força" para tentar alcançar os seus objetivos. No entanto, segundo o teste a categoria era descrita como "alguém muito focado" e capaz de unir equipas.
Lorna Rooke trabalhava para o NHS desde 2003, altura em que entrou para o serviço de doadores de sangue e transplante como supervisora do treino e prática. Quando os outros membros da equipa estavam a preencher o questionário, Lorna teve de atender uma chamada pessoal e quando regressou a colega Amanda Harber anunciou que fez o formulário em seu nome e que ela tinha o mesmo tipo de personalidade do que o vilão.
No tribunal Lorna referiu que a forma como esse momento a fez sentir foi um dos motivos pelos quais entregou a sua carta de demissão no mês seguinte. A supervisora acabou mesmo por ganhar a ação por danos morais e recebeu 28.989,61 libras, o correspondente a cerca de 34 mil euros.
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