Figura ligada ao Estado Novo, defendeu em 1962 uma solução política para o Ultramar. Deputado e embaixador de Portugal na ONU, esteve em algumas tentativas fracassadas de demitir Salazar.
Manuel José Homem de Mello, figura ligada ao Estado Novo, que em 1962 defendeu uma solução política para o Ultramar, morreu na terça-feira à noite, aos 88 anos, no Estoril, disse hoje fonte familiar à Lusa.
Manuel José Homem de Mello (Conde de Águeda) é considerado "uma figura grande da vida política portuguesa", tendo sido deputado e embaixador de Portugal na ONU, entre outros cargos.
Foi amigo pessoal do ex-Presidente da República, Craveiro Lopes, e esteve envolvido em algumas tentativas goradas de demitir Salazar, designadamente na "Abrilada" de 1961.
Escritor, empresário, advogado, diretor de jornais e comentador na RTP, Manuel José Homem de Mello foi também apoiante de Mário Soares, tendo participado "ativamente em diversas campanhas", segundo contou o familiar Hélder Moura Pereira.
Homem de Mello foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, assumindo depois e até 1964 as funções de assessor político do Presidente da República Craveiro Lopes. Voltaria a ser deputado entre 1969 e 1974.
Entre as suas obras, conta-se o livro "Portugal, o Ultramar e o Futuro", que punha em causa a política ultramarina de Salazar.
Homem de Mello considerava que Portugal "podia ter sido o primeiro Estado colonial a sair do Ultramar e foi o último" a deixar as suas colónias.
As cerimónia fúnebres de Manuel José Homem de Mello realizaram-se hoje no Estoril, tendo sido o seu corpo cremado e as cinzas depositadas num jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa.
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