A plataforma, criticada por conteúdo prejudicial e estrutura aditiva para jovens, implementa mudanças até ao fim do ano.
Num esforço para tornar o seu espaço digital mais seguro, o Instagram anunciou uma nova política de restrição de conteúdo para menores de idade, que se alinha com o conhecido sistema cinematográfico norte-americano da Motion Picture Association (MPA), a Associação de Cinema dos Estados Unidos.
InstagramAP Photo/Michael Dwyer, File
Implementado até ao fim deste ano, o sistema vai limitar o conteúdo que crianças e adolescentes podem ver e pesquisar, bem como o tipo de conversas que podem ter com os chatbots da sua empresa-mãe, a Meta, cujos sistemas de inteligência artificial já foram criticados por trocas inapropriadas com menores.
A restrição da plataforma estará alinhada com a classificação cinematográfica PG-13, a terceira mais restrita da MPA, depois da G ("Aberto ao Público Geral") e PG (Orientação Parental Sugerida). Subtitulada "Pais Fortemente Advertidos", a classificação em filmes implica, na generalidade, a existência de alguma linguagem imprópria, violência limitada e nudez parcial.
A Meta disse, no entanto, que iria excluir totalmente as recomendações de nudez dos feeds de menores de idade na plataforma. O líder de gestão de produto do Instagram, Max Eulenstein, disse que a sua "estrela norte na experiência adolescente são os pais e o que dizem que querem para os seus filhos". A empresa diz ter composto painéis de milhares de pais para determinar o conteúdo considerado apropriado para a plataforma.
As mudanças vêm no seguimento de medidas implementadas no ano passado, que restringiam algum conteúdo a menores de 18 anos e tornava as contas destes utilizadores privadas por defeito - ou seja, impossibilitando-as de serem acedidas por não-seguidores. O novo sistema está desenhado para ir além, dificultando a interação de menores com conteúdo adulto e bloqueando a interação com algumas contas.
Além da classificação PG-13, uma nova definição, chamada de Conteúdo Limitado e ainda mais rígida, estará disponível para ativação pelos pais. O conteúdo que chega a estas crianças e adolescentes será avaliado e moderado com o apoio de ferramentas de inteligência artificial da Meta.
No ramo dos modelos de linguagem, os chatbots de inteligência artificial serão programados para evitar dar respostas inapropriadas a estes utilizadores - um passo descrito como a primeira grande medida da empresa relacionada com a segurança dos jovens e a IA.
A área é de particular relevância para a Meta, que detém ainda o Facebook, o WhatsApp e o Messenger, e já enfrentou numerosos processos judiciais e escrutínio no Congresso americano graças a alegados casos de danos a jovens utilizadores e uma interface aditiva para crianças e adolescentes.
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