Sábado – Pense por si

Como o Viagra mudou a vida destes homens

Susana Lúcio
Susana Lúcio 06 de outubro de 2018 às 08:00

Antes de 1998, o tratamento da disfunção eréctil estava limitado a práticas ineficazes e procedimentos assustadores que afastavam a maioria dos doentes.

José António colocava o despertador para a 1h da manhã para tomar o comprimido azul. Tinha os netos em casa e queria ter a certeza de que eles estavam a dormir antes de tomar o medicamento, prescrito pelo médico para resolver a sua disfunção eréctil. Depois, deitado ao lado da mulher, esperava. "Acordo de manhã e nada. Não acontece nada", queixava-se ao médico. O urologista José Palma dos Reis, director do serviço de Urologia do Hospital de Santa Maria, estranhou. "Não acontece nada? Nem uma tumescência?" Depois percebeu o que tinha corrido mal. "Ele tomava o comprimido, adormecia e estava à espera de acordar com uma erecção estonteante. É claro que não acontecia nada", conta. "Tive de explicar, mais uma vez, que o medicamento não provoca uma erecção automática, facilita a erecção se houver estimulação sexual."

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