Trata-se de um dispositivo de controlo remoto para homens que, a partir de 2027, poderá servir de alternativa aos tratamentos tradicionais disponíveis no mercado.
Uma empresa suíça, comandada por um cientista brasileiro, desenvolveu um dispositivo de controlo remoto para homens com disfunção erétil. Chama-se CaverSTIM e trata-se de uma espécie de "viagra eletrónico" que serve de alternativa aos tratamentos tradicionais disponíveis no mercado.
CHINA-PHARMACEUTICALS/ REUTERS/Keith Bedford
O dispositivo funciona "como se fosse um pacemaker", segundo o brasileiro Rodrigo Fraga Silva. Trata-se de "um neuroestimulador em que os elétrodos são implementados na região pélvica e o estimulador carrega estímulos nervosos que podem ativar e reabilitar os nervos", explica em entrevista à rádio francesa RFI.
O CaverSTIM, inventado por Rodrigo Fraga Silva, cofundador da empresa Comphya, entrou agora em fase de testes quer no Brasil, quer na Austrália. De acordo com o cientista, já apresenta "resultados muito promissores".
"Começámos dois testes até agora - um, na Austrália, onde estamos a testar em pacientes que fizeram prostatectomia", informou. "Implantamos o dispositivo no momento da prostatectomia e aí os resultados são fantásticos. O que observamos é que os pacientes recuperam completamente a função sexual, pós-prostatectomia, ou seja, eles voltam ao estado em que estavam antes da cirurgia", detalha.
Este projeto tem, por enquanto, como alvo, pessoas que já fizeram uma prostatectomia, ou seja, remoção da a próstata como meio de tratamento para o cancro, já que segundo o cientista, estes pacientes não respondem bem à terapia oral e, por isso, são obrigados a recorrer a métodos de tratamento dolorosos.
"Hoje, esses pacientes não respondem bem à terapia oral, como o Viagra e o Cialis, e a única terapia que funciona são injeções penianas ou próteses penianas, soluções bem dolorosas. O que procuramos hoje é uma solução muito mais confortável e melhor para esses pacientes. Observamos é que quando há um estímulo de baixa intensidade nesses nervos, ocorre uma reabilitação e, pós-cirurgia, eles conseguem reabilitar a função sexual normal".
Além destes pacientes, a empresa pretende também beneficiar lesionados medulares, pacientes com diabetes ou hipertensão.
"A empresa também está a fazer outro teste no Brasil em pacientes lesionados medular. Implantamos esse dispositivo e observamos também uma melhora na função sexual desses pacientes. É claro que ambos os testes estão em fase inicial, ainda em execução, mas os resultados preliminares são muito promissores."
No Brasil, os testes em pacientes com lesão medular estão a ser realizados no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.
Agora é necessário que o aparelho demonstre segurança e eficácia nos testes clínicos. Após esta etapa, será pedida autorização às agências reguladoras, como a Anvisa ou EMA, na Europa, para que o produto seja aprovado para comercialização. A expectativa é que os dispositivos estejam disponíveis para venda já em 2027, aponta Rodrigo Silva.
Em todo o mundo, existem atualmente cerca de 150 milhões de pessoas que sofrem de disfunção erétil, sendo que, de acordo com o cientista, 66 milhões encontram-se na Europa e nos Estados Unidos. Segundo Rodrigo Fraga Silva, 30% dessa população não responde às terapias orais e recorre a injeções ou implantes penianos.
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