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Camelos e sultões: a festa das elites do Estado Novo

Raquel Lito
Raquel Lito 08 de setembro de 2018 às 18:00

O encontro temático reuniu 200 convidados de apelidos sonantes. O Palácio do Relógio (Sintra) foi palco da extravagância em Setembro de 1971.

O Jardim Zoológico de Lisboa forneceu as atracções exóticas exclusivas para a festa: dois camelos chegaram a São Pedro de Sintra num camião de transporte para cavalos, horas antes do evento - a 1 de Setembro de 1971. Mas as estreitas ruas impediram que a viatura chegasse ao destino, a 500 metros do Palácio de Seteais. Os bichos tiveram de andar o resto do trajecto. Por vezes mordiam, quando os transeuntes curiosos se aproximavam em excesso. Este foi o prólogo de uma história pouco conhecida do Estado Novo: uma sumptuosa noite das Arábias para famílias de elite, só equiparável à de Antenor Patiño, magnata boliviano que três anos antes recebera mil convidados em Cascais (incluindo celebridades, como a actriz Audrey Hepburn). 

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