Erin Patterson referiu que a maioria dos cogumelos utilizados nesse dia foram comprados em supermercados locais, mas é possível que os no mesmo recipiente dos selvagens desidratados que tinha colhido nas semanas antes e haveria ainda outros de uma loja de alimentos asiáticos.
Uma mulher australiana queestá a ser julgada por assassinartrês familiares do seu ex-marido com cogumelos venenosos disse em tribunal esta terça-feira que serviu um almoço com estes ingredientes mortais, no entanto negou as acusações de homicídio e explicou que a "grande maioria" dos fungos foram comprados nas lojas locais.
7 News
O caso remonta a julho de 2023, quando Erin Patterson convidou os pais e tios do seu ex-marido para almoçar na sua casa e serviu-lhes bife Wellington, que continha cogumelos venenosos. Os ex-sogros e a tia foram hospitalizados e acabaram mesmo por morrer e o tio ficou gravemente doente, mas sobreviveu.
Os advogados de Erin Patterson já tinham defendido anteriormente que o envenenamento não passou de um trágico acidente, no entanto os procuradores defendem que foi deliberado. Se for provado que quis matar os familiares, pode enfrentar uma pena de prisão perpétua pelas acusações de homicídio e 25 anos pela acusação de tentativa de homicídio.
Erin Patterson falou pela primeira vez em tribunal na noite de segunda-feira e esta terça-feira a mulher de 50 anos disse em audiência que começou a colher cogumelos na floresta perto da sua casa desde a quarentena da covid. "Cortei um pedaço de um dos cogumelos, fritei com manteiga e comi. Estavam bons e não passei mal", partilhou.
Foi assim que desenvolveu o gosto pelas variedades exóticas e decidiu juntar-se ao grupo de "amantes de cogumelos" do Facebook e comprou um desidratador para conservar as suas colheitas. O seu advogado questionou se os bifes que serviu no almoço continham este tipo de cogumelos, ao que respondeu que "sim".
Ainda assim, a acusada referiu que a maioria dos cogumelos utilizados nesse dia foram comprados em supermercados locais, mas é possível que os tenha colocado no mesmo recipiente dos cogumelos selvagens desidratados que colheu nas semanas antes e ainda com outros de uma loja de alimentos asiáticos.
Erin Patterson foi também questionada sobre mensagens com palavrões que tinha publicado num grupo do Facebook sobre os sogros em dezembro de 2022, algo que considerou como um "espaço seguro de desabafo" para as mulheres: "Gostaria de nunca ter dito essas coisas. Tenho muita vergonha por ter dito isso e gostaria que a família não tivesse de ouvir o que eu escrevi. Eles não mereciam". As tensões surgiram depois de Erin Patterson ter tentado que os sogros mediassem uma disputa com o seu ex-marido sobre as taxas escolares e a falta de apoio deixou-a "magoada, frustrada e um pouco desesperada".
O casal separou-se formalmente em 2015 e apesar da separação a australiana disse que esperava conseguir reunir-se com o ex-marido e que, por isso, manteve-se próxima dos sogros: "Isso nunca mudou. Eu era a nora deles. Eles simplesmente continuaram a amar-me".
Em abril, os advogados já tinham referido que Erin Patterson tinha mentido no início da investigação, quando referiu que nunca tinha colhido cogumelos, no entanto negou que tivesse procurado cogumelos-da-morte deliberadamente e que as mortes acidentais a deixaram em pânico.
O depoimento de Erin Patterson vai continuar na quarta-feira.
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