Nawrocki foi eleito este domingo. Conservador, é apoiante da Ucrânia e defende a produção de energia nuclear. No que toca à política, opõem-se à vacinação obrigatória.
Karol Nawrocki é onovo presidente da Polónia. Considerado por muitos um conservador, é apoiado pelo partido de direita Lei e Justiça (PiS), mas também por figuras como o presidente norte-americano, Donald Trump, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e George Simion, político de direita da Roménia. Recentemente chegado à vida política, é também historiador, antigo lutador de boxe e segurança de hotel.
Quem é Karol Nawrocki?
AP Photo/Czarek Sokolowski
É através das suas redes sociais que o político se dá a conhecer um pouco melhor. Entre fotografias suas no ginásio e a jogar boxe, é aí que Nawrocki aproveita para mostrar o seu lado defensor dos valores familiares e a sua paixão pelo catolicismo.
Twitter/Karol Nawrocki
Quando Nawrocki, de 42 anos, era mais jovem chegou a participar em rixas contra adeptos de outros clubes de futebol. Quem o diz, é o próprio. "Todas as minhas atividades desportivas eram baseadas na força do meu coração, na força dos meus músculos, dos meus punhos", disse citado pela agência de notícias Reuters. Agora em adulto, o desporto continua a ser uma das suas maiores paixões.
É casado com Marta Nawrocka, uma funcionária pública que esteve bastante presente na sua campanha eleitoral, e o casal tem três filhos: Daniel, Antoni e Katarzyna.
Twitter/Karol Nawrocki
Um historiador conservador
Nawrocki foi também escolhido em 2009 como presidente do Instituto da Memória Nacional (IPN) - uma organização especializada na história moderna da Polónia e na investigação de crimes nazis cometidos entre 1939 e 1989. Fez uma pausa no cargo durante quatro anos e regressado em 2021. Durante este período, o seu papel foi bastante questionado, isto porque tinha acesso a segredos de Estado. "Diante dos nossos olhos, a história tornou-se uma experiência viva", disse, citado pela Associated Press. "Não há lugar no espaço público polaco para qualquer comemoração do regime comunista totalitário."
Com uma licenciatura em História (2008), um doutoramento em humanidades (2013) e uma pós-graduação (2023), já havia também estado à frente do Museu da Segunda Guerra Mundial em Gdansk. Aqui, o político foi também responsável pela remodelação do museu.
Contudo, desde então que Nawrocki tem sido criticado por ter alegadamente menosprezado o Holocausto, que ocorreu nos campos nazis da Polónia ocupada.
AP Photo/Czarek Sokolowski
Nawrocki escreveu e editou ainda sete livros, de acordo com o New York Times. Entre as obras encontra-se: Esboço da história do NSZZ "Solidarnosc" da região de Elblag (2010); O Caso Kwidzyn 1982: Internamento, Espancamento, Julgamento (2012) e Estudo de caso: Resistência social às autoridades comunistas na província de Elblag (2014).
Apoio à Ucrânia
Já no que toca à defesa, apesar da Polónia ter hoje um dos maiores exércitos da União Europeia, Nawrocki defende o fortalecimento das tropas polacas - isto porque o país faz fronteira com a Ucrânia, a Rússia e a Bielorrússia. É, por isso, que é também um apoiante da Ucrânia.
"Serei o presidente de uma Polónia segura, na qual o recrutamento deve ser voluntário. É necessário construir um exército polaco forte e moderno, com pelo menos 300 mil homem", afirmou num comício em Pajeczno, em março deste ano.
E acrescentou: "A Polónia estará segura quando estiver militarmente segura e tiver, pelo menos, um exército de 300 mil homens e um milhão de reservistas. É este o meu objetivo e vou alcançá-lo enquanto comandante supremo das forças armadas."
Nawrocki revelou que tenciona continuar a fornecer armas às forças ucranianas, para que essas possam ser utilizadas contra o exército russo. Não obstante, chegou a ser criticado por ter demonstrado pouco entusiasmo com o facto de outros aliados poderem ajudar os refugiados ucranianos.
Na política e economia
Durante a sua campanha eleitoral, Nawrocki opôs-se à vacinação obrigatória de adultos e crianças, assim como à adesão da Ucrânia à NATO e à União Europeia, pelo menos até que os conflitos com a Rússia estivessem resolvidos.
No seu programa incluiu também o compromisso de não aumentar os impostos, reduzir o IVA e introduzir a isenção do imposto sobre o rendimento para as famílias com pelo menos dois filhos.
Nawrocki apoia ainda a produção de energia nuclear. "Até a Polónia atingir a energia nuclear, o carvão polaco deve ser extraído, alimentado e desenvolvido na República da Polónia. Tirem as mãos do carvão polaco até chegarmos ao átomo", disse no mesmo comício.
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