Caberá a cada estabelecimento pagar o seu novo mobiliário urbano. A Rua Augusta é um dos locais que vai mudar
As esplanadas da Baixa de Lisboa, de locais como a Rua Augusta ou dos Correeiros, vão ser requalificadas para se tornarem uniformes e menos susceptíveis às condições atmosféricas, evitando o actual "ambiente de abusos e caos", foi hoje anunciado.
O projecto resulta de um concurso de ideias promovido pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em parceria com o município de Lisboa e o Museu do Design e da Moda (MUDE), para dinamização dos espaços exteriores de estabelecimentos da baixa pombalina.
Após terem sido feitos convites a "entidades credenciadas" e de o júri presidido pela directora do MUDE, Bárbara Coutinho, ter escolhido o vencedor, a autarquia de Santa Maria Maior divulgou hoje que venceu a proposta apresentada pelodesigner Pedro Sottomayor e respectiva equipa.
No documento apresentado a concurso, a que a agência Lusa teve acesso, indica-se que o objectivo da requalificação é recuperar "o forte carácter histórico" da zona, permitindo que os espaços ganhem "novas valências para atrair e fixar lisboetas e turistas".
Apesar de "respeitar individualmente cada estabelecimento, dando opções e possibilidades de escolha", a proposta impõe "limites que evitam que a ambição de visibilidade de cada um choque com o próximo e gere [...] um ambiente de abusos e caos", clarifica a equipa.
Em termos concretos, propõe-se que na Rua Augusta "a zona das esplanadas deixe a área central da rua para passar para as fachadas dos edifícios, libertando o eixo central para os que ali circulam e visitam".
Por sua vez, pretende-se promover a Rua dos Correeiros como "um grande eixo de interesse de restauração/hotelaria, [...], complementando a Rua Augusta em quase toda a sua extensão".
Tanto nestes como noutros locais da Baixa - Rossio, Rua das Portas de Santo Antão, Praça da Figueira, Calçada do Duque e Largo do Carmo - a introdução de esplanadas junto às fachadas dos edifícios, tornando-as fechadas, permitirá "ter melhores condições de controlo de conforto atmosférico" do que as abertas, de acordo com os criadores do projecto.
Tanto para as esplanadas fechadas, como para as abertas, determina-se a utilização de mesas e cadeiras em sete cores definidas, toldos extensíveis, chapéus-de-sol de cor sóbria, corta-ventos extensíveis e versáteis, suportes de menu (de pavimento ou de parede) removíveis e de aquecedores de fachada e de pavimento.
"Tenta-se, portanto, fomentar a diversidade entre estabelecimentos, mantendo uma coerência formal simples e sóbria, adequada a uma zona histórica", aponta a proposta.
Em causa está uma "regulamentação rigorosa do que é permitido e do que não é permitido fazer e uma fiscalização e punição adequadas, para resultar na limpeza visual e harmonia necessárias, que hoje não existem", acrescenta-se.
Em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), explicou que esta será uma "renovação gradual, mas com ritmo", que "vai depender da disponibilidade financeira dos comerciantes".
Caberá a cada estabelecimento pagar o seu novo mobiliário urbano.
Miguel Coelho adiantou que atrasos no concurso levaram a que a renovação não se iniciasse já este Verão, como pretendido.
"Esperemos que a partir da próxima primavera comecem a haver novas esplanadas, o que não quer dizer que não possa ser antes", assinalou o responsável.
A Junta vai agora celebrar um contrato de um ano por 20 mil euros com a equipa vencedora para "apoio e aconselhamento" na concretização do projecto.
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