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Aluno algemado depois de inteligência artificial confundir pacote de batatas com arma de fogo

Diogo Barreto
Diogo Barreto 24 de outubro de 2025 às 18:27
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A polícia de Baltimore foi enviada para uma escola depois de um sistema de inteligência artificial ter confundido um snack com uma arma.

Um adolescente norte-americano foi algemado pelas autoridades de Baltimore, nos Estados Unidos, depois de um sistema de inteligência artificial ter, erradamente, assumido que transportava uma arma de fogo, quando na verdade se tratava de um pacote de batatas fritas. O aluno estava na escola, a Kenwood High School, quando foi identificado como transportando uma arma de fogo, o que levou a uma operação musculada das autoridades. Entretanto a polícia já reconheceu ter sido um erro, mas defende que agiu de forma correta, tendo em conta as informações que tinha.  

Sistema de inteligência artificial confunde pacote de batatas com arma de fogo em Baltimore
Sistema de inteligência artificial confunde pacote de batatas com arma de fogo em Baltimore Reuters

Taki Allen, de 16 anos, disse ao  que a polícia apareceu e vários agentes saíram do carro com armas apontadas na sua direção e a pedir que o jovem se deitasse no chão, passando depois a algemá-lo. De acordo com o estudante, depois do treino de futebol americano comeu um pacote de Doritos e colocou o pacote vazio no bolso. Vinte minutos depois chegaram oito carros da polícia com agentes que achavam que trazia uma arma.

O Departamento Policial de Baltimore assumiu o erro, mas diz que os seus agentes agiram de forma "apropriada" com base "na informação disponível na altura". De acordo com uma comunicação oficial, o sistema de inteligência artificial lançou o alerta para um agente que não viu sinais de arma, mas a diretora da escola não recebeu esta informação e decidiu contactar a equipa de segurança da escola que, depois de receber o alerta, chamou as autoridades.

"O incidente foi resolvido de forma segura depois de se determinar que não havia ameaça alguma", garante o departamento policial. Mas Allen diz que alterou os seus hábitos depois deste episódio e que já não sente que é seguro sair do treino de futebol como fazia antes, a beber uma bebida ou a comer um snack.

Numa carta aos pais, a diretora da escola, Kate Smith, disse que a equipa de segurança cancelou o alerta inicial depois de perceber que não havia uma arma, explica a . Mas a mensagem não passou e Allen acabou mesmo por ser revistado. 

Este episódio levou pais e políticos a pedirem uma investigação ao caso e à utilização de programas de deteção de inteligência artificial.

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