É uma moda muito natural: a prática de plantar e replantar em casa - onde quer que ela seja - nunca foi tão popular como nestes tempos de confinamento e está a colorir os lares de frutos e vegetais. Falámos com especialistas para saber por onde começar.
uma semente não é um álbum de fotografias, mas para Bruno Simão funciona de forma semelhante. Quando come uma peça de fruta de que gostou particularmente, ou quando traz fruta de algum sítio especial - como as ameixas de casa dos sogros - tenta germinar-lhes as sementes para um dia mais tarde poderem tornar-se árvores de fruto. "É uma forma de preservar uma coleção de frutas que fui comendo e de marcar momentos especiais. Quando a minha filha fez 2 anos plantei uma série de sementes", conta à SÁBADO.
Desde há muito que Bruno planta aromáticas a partir dos pés que lhe dão no mercado ou que apanha no seu terreno - tem para cozinhar e volta e meia oferece um vaso cheio à mãe ou à avó. Há cerca de dois anos quis tentar entrar pelo mundo das frutícolas para ver se tinha paciência. "É claro que podia comprar tudo, por €5 já se compra uma árvore com dois anos no mercado. Mas é diferente sentir que fui eu que dei vida àquele ser", explica o baterista de jazz e rock, que diz sempre ter tido uma grande ligação à natureza.
As hortas em apartamentos são uma tendência que tem levado à publicação de livros, aplicações para smartphone e formas adaptadas de germinar, semear e manter hortícolas e ervas aromáticas. Tornou-se uma moda das redes sociais para millennials, mas não só: a expressão plant dad ou plant mom [papá ou mamã de plantas] nasceu para aqueles que cuidam dos vasos em casa de alguém da família.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.