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Ucrânia quer recuperar em 2016 territórios perdidos no leste e a Crimeia

14 de janeiro de 2016 às 17:54
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O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou hoje que Kiev quer reconquistar este ano o controlo da região leste pró-russa, bem como pretende ter a ajuda de Bruxelas e de Washington para recuperar a Crimeia anexada pela Rússia

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou esta quinta-feira, dia 14, que Kiev quer reconquistar o controlo da região leste pró-russa durante este ano, bem como pretende ter a ajuda de Bruxelas e de Washington para recuperar a Crimeia anexada pela Rússia.

"Em 2016, a soberania ucraniana deve ser restabelecida nos territórios ocupados nas regiões de Donetsk e Lugansk", onde um conflito armado fez mais de 9.000 mortos desde Abril de 2014, declarou Petro Poroshenko, assumindo o compromisso de usar apenas meios políticos e diplomáticos para alcançar tal objectivo.

Em relação à Crimeia, anexada pela Rússia em Março de 2014, Kiev pretende "propor a criação de um mecanismo internacional para acabar com a ocupação da península", prosseguiu o chefe de Estado ucraniano, durante um discurso sobre as prioridades políticas da Ucrânia para o ano corrente.

"O formato ideal seria com a participação dos nossos parceiros da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos e talvez com os países signatários do Memorando de Budapeste", disse Poroshenko, numa referência ao documento assinado em 1994, que previa a destruição do arsenal nuclear da antiga república soviética em troca do reconhecimento da integridade territorial.

Moscovo e Kiev estão envolvidos numa crise sem precedentes desde que as forças pró-ocidentais chegaram ao poder na Ucrânia no início de 2014, situação que se agravou com a anexação russa da península da Crimeia, concretizada após um referendo fortemente contestado, e com o conflito com os separatistas pró-russos na região leste da Ucrânia.

Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de armar os separatistas pró-russos e de ter enviado tropas regulares para a zona do conflito, o mais sangrento na Europa desde a guerra dos Balcãs na década de 1990.

Moscovo sempre rejeitou categoricamente qualquer implicação militar no conflito, mas o seu envolvimento na crise ucraniana fui punido com pesadas sanções económicas e uma degradação da relação com o Ocidente.

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