Sharbat Gula foi detida por ter documentos de identificação falsos. Tem 46 anos e filhos pequenos
Um tribunal da cidade paquistanesa de Peshawar negou hoje conceder liberdade sob fiança a Sharbat Gula, a menina afegã de olhos verdes imortalizada numa capa daNational Geographic na década de 1980, detida por ter documentos de identificação falsos.
"O tribunal rejeitou a liberdade sob fiança. O juiz não explicou porquê. Estamos à espera do documento da decisão", disse Mohsin Dawar, um dos três advogados contratados pelo Governo afegão para defender a refugiada.
O advogado adiantou, em declarações à agência Efe, que vai recorrer da decisão para uma instância judicial superior.
Sharbat Gula, detida a 26 de Outubro por alegadamente ter obtido documentos de identidade paquistaneses para si e dois dos seus filhos após subornar três funcionários, incorre numa pena de até 14 anos de prisão.
A imagem de Sharbat Gula, então com 12 anos, a viver num campo de refugiados paquistanês na altura da ocupação soviética do Afeganistão, captada em 1984 e publicada no ano seguinte, tornou-se na capa mais icónica na história da revistaNational Geographic.
Os advogados apresentaram na terça-feira um pedido de liberdade sob fiança para Sharbat Gula, de 46 anos, por razões humanitárias, já que sofre de hepatite C, não tem antecedentes criminais e tem filhos pequenos que "não podem viver sem ela".
O embaixador do Afeganistão em Islamabad, Omar Zakhilwal, pediu às autoridades paquistanesas que a libertem, considerando o dano que a sua detenção causa às relações entre as pessoas dos dois países e à debilidade, a seu ver, do caso contra Sharbat Gula.
Segundo o diplomata, o documento de identidade paquistanês de Gula não foi obtido ilegalmente, como afirma a polícia.
Tribunal do Paquistão nega liberdade a capa da National Geographic
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.