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Surto de violência tribal no Sudão faz pelo menos 105 mortos

19 de julho de 2022 às 17:51
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Os confrontos são o resultado de disputas entre as tribos Hausa e Berta devido a questões relacionadas com uma disputa pela liderança da administração desta região do Nilo Azul, e agravaram-se depois da morte de um agricultor em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O último surto de violência tribal no Darfur, no Sudão, que estalou novamente entre as tribos Hausa e Berta, causou pelo menos 105 mortos, informaram as autoridades locais, alertando para o alastramento dos conflitos.

O diretor do Controlo de Emergências e Epidemiologia do Ministério da Saúde do estado do Nilo Azul, Omar Adam Omar, disse em comunicado que o balanço das vítimas até à manhã de terça-feira nesta região do país que faz fronteira com a Etiópia era de 105 mortos e 225 feridos.

Este número inclui os casos que chegaram aos hospitais da região, mas não especifica se pode haver mais mortos não registados, e entre os feridos havia 20 pessoas em estado crítico que foram transferidas para a capital, Cartum, para receber tratamento.

Os confrontos são o resultado de disputas entre as tribos Hausa e Berta devido a questões relacionadas com uma disputa pela liderança da administração desta região do Nilo Azul, e agravaram-se depois da morte de um agricultor em circunstâncias ainda não esclarecidas.

A tribo Hausa está espalhada pela maior parte do Sudão e está envolvida principalmente na agricultura e no comércio.

Milhares de Hausas marcharam hoje em várias cidades do Sudão para gritar "Vingança" e "Os Hausas também são cidadãos", ilustrando ainda mais a fragilidade de um país já à beira do colapso.

Em Cartum, na avenida do aeroporto, uma das principais artérias do centro da cidade, a polícia disparou gás lacrimogéneo contra centenas de manifestantes que seguravam faixas dizendo "Não ao assassinato de Hausas", observou um jornalista da AFP.

A violência entre as inúmeras tribos que existem no Sudão é comum, embora a frequência tenha aumentado nos últimos meses devido à grave crise económica e política, esta última causada pelo golpe militar de outubro de 2021 e que interrompeu um processo de transição democrática iniciado em 2019, na sequência do derrube da ditadura de Omar al-Bashir, por pressão popular.

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