"O ministro não tinha nenhuma cedência", acusou André Pestana, coordenador do STOP, e não apresentou propostas sobre não-docentes.
O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) saiu hoje insatisfeito da reunião negocial com o Ministério da Educação por não haver "nenhuma cedência", mantendo a greve nas escolas iniciada em dezembro do ano passado.
Sérgio Lemos
"O ministro não tinha nenhuma cedência", acusou André Pestana, coordenador do STOP, à saída da reunião com responsáveis do Ministério da Educação no âmbito da terceira ronda negocial com os sindicatos agendada para discutir um novo modelo de colocação e contratação de professores.
Para o STOP o fim das greves está dependente de um conjunto de reivindicações como a recuperação integral do tempo de serviço congelado durante a 'troika' ou o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.ºe 7.º escalões.
André Pestana recordou que estas duas exigências são direitos já adquiridos pelos docentes das ilhas da Madeira e dos Açores, onde não há quotas para progredir na carreira e onde foi garantida a contagem do serviço congelados: "Não se entende que haja professores de primeira e segunda", criticou.
O sindicalista apontou também a necessidade de aumentar o número de psicólogos, assistentes operacionais e técnicos nas escolas e reforçou a proposta de aumento mínimo salarial de 120 euros, medidas que acredita que iriam "acalmar a grande luta".
"Ficámos perplexos em ver que não tinha uma linha sobre os não docentes", criticou, lamentando a precariedade e os "salários baixíssimos" entre os funcionários escolares.
Sobre a proposta de aumento de 120 euros, André Pestana diz que João Costa remeteu para o ministro das Finanças, justificação que o sindicato não aceitou uma vez que o "ministro está a representar o Governo".
André Pestana acredita que o Governo está a começar a aperceber-se da "unidade histórica de docentes e não docentes", apelando à continuação da luta, que se traduz diariamente em greves nas escolas, mas também numa nova manifestação a 28 de janeiro.
Questionado pelos jornalistas sobre se a greve se irá manter, disse que, "em última instancia, a palavra vai ser sempre de quem trabalha nas escolas".
Sobre o impacto da greve do STOP nas aprendizagens dos alunos, André Pestana recusa que a greve seja extremista, considerando que "a sociedade é que é extremista".
Os professores iniciaram uma greve no final do ano passado, promovida pelo STOP, tendo este ano começado outras duas greves, uma do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) e outra de uma plataforma de estruturas sindicais onde se encontra a Federação Nacional de Professores (Fenprof).
O descontentamento dos professores agravou-se quando o Ministério da Educação divulgou a ideia de os docentes poderem vir a ser selecionados por um concelho de diretores.
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