O ministro da Educação afirmou que ainda não houve acordo com professores, mas diz que o Governo está a tentar aproximar-se das reivindicações.
O ministro da Educação, João Costa, garantiu que o Governo está a tentar aproximar-se das reivindicações dos professores e que está a fazer todos os possíveis por negociar condições que satisfaçam ambas as partes. Mas apesar dos apelos do executivo socialista, os sindicatos ainda não estão dispostos a acabar com as greves que têm encerrado centenas de escolas pelo país. A Fenprof tem prevista uma manifestação para 11 de fevereiro e o STOP, para 28 de janeiro, dois sábados.
Manuel de Almeida/Lusa
O ministro da Educação e o secretário de Estado, António Leite, voltaram a sentar-se, esta sexta-feira, à mesa com sindicatos do setor para outra ronda negocial sobre o regime de recrutamento e mobilidade de pessoal docente. Aos jornalistas, depois da reunião, o ministro explicou que "há passos de aproximação por parte do Ministério da Educação a algumas das questões que tinham sido levantadas nas últimas reuniões com os sindicatos", sendo que o Governo terá cedido em pontos que diziam respeito às "correções nas ultrapassagens nos concursos, à designação dos quadros de zona pedagógica e às questões de percentagem de contratação direta de professores", enumerando mesmo dez pontos em que o Governo se quer aproximar do que é pedido pelos professores e os seus representantes. Os pontos nos quais o Governo está mais interessado em negociar são os que dizem respeito ao "combate à precariedade e nas resoluções para os problemas das deslocações dos professores". Mas estes esforços não foram suficientes para pôr termo às greves que se têm vindo a intensificar nas últimas semanas. Para já, a recuperação de tempo de serviço não entra nas prioridades negociais de Costa.
"Nós vamos continuar com as greves, porque nem todas as reivindicações estão a ser cumpridas", terão respondido os sindicatos, quando o governante propôs o fim das greves. O Governo acredita que "não há razão para continuarmos com a perturbação do sistema" quando já foi demonstrada a vontade de negociar. "Tem de haver agora o bom senso de percebermos que o prejuízo que está a ser trazido à escola pública e aos alunos não é compatível com o recurso a formas extremadas de luta", defendeu João Costa, sublinhando sempre que o Executivo respeita a luta sindical de todos os professores.
Esta semana, o ministro apresentou uma proposta de contratar 10 mil professores para combater a "precariedade" da classe. No entender do executivo, a vinculação de mais de 10 mil docentes vai responder de forma direta às preocupações dos sindicatos, numa altura em que há mais docentes a abandonar a profissão por questões de reforma do que trabalhadores a entrar para colmatar estas baixas. Porém, há regras, e neste grupo estão apenas contemplados "os professores que já acumularam 10.95 dias de serviço, ponderado em equivalente a tempo integral, e que, neste ano letivo, têm um horário completo".
Tanto a Federação Nacional de Professores como o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação anunciaram que vão prosseguir as greves das últimas semanas, mostrando que a alegada disponibilidade mostrada pelo Governo não é suficiente.
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