Confirmação foi dada pelo Kremlin. "Todos estão a tentar falar sobre o que é preciso fazer para parar a guerra, custe o que custar", aponta porta-voz.
Conversações entre representantes da Rússia e dos EUA agendadas para terça-feira na Arábia Saudita, visam preparar negociações de paz na Ucrânia, "restaurar as relações" bilaterais e combinar uma cimeira entre Presidentes, anunciou hoje o Kremlin.
AP Photo/Pavel Bednyakov
Seguindo as ordens do Presidente, Vladimir Putin, a Rússia será representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e pelo conselheiro do Kremlin (presidência russa), Yuri Ushakov, que já partiram para Riade, adiantou o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, no seubriefingdiário aos jornalistas.
Os representantes russos "devem realizar uma reunião com os seus homólogos norte-americanos em Riade na terça-feira, que se concentrará principalmente na restauração de todo o espetro das relações russo-americanas", disse.
Peskov acrescentou que a reunião será também dedicada à "preparação de possíveis negociações para um acordo na Ucrânia e à organização de uma reunião" entre Putin e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump.
O porta-voz do Kremlin realçou que hoje, em todo o mundo, "todos estão a tentar falar sobre o que é preciso fazer para parar a guerra, custe o que custar".
"Isso é algo positivo", disse.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, chegou hoje a Riade para a segunda etapa da sua primeira viagem ao Médio Oriente, uma questão que o Kremlin também espera que seja discutida na reunião de terça-feira.
O enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, disse no domingo que uma delegação norte-americana viajaria em breve para a Arábia Saudita para se reunir com as autoridades russas, sendo que o conselheiro de segurança nacional, Michael Waltz, e o próprio Witkoff deverão participar nas negociações em Riade.
Ao mesmo tempo, uma delegação ucraniana liderada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também estará presente no país, embora não seja claro se participará nas negociações.
Trump anunciou na quarta-feira, após uma conversa telefónica com Putin, que tinha concordado em iniciar conversações de paz na Ucrânia sem a Europa, o que indignou Bruxelas e Kiev, que disseram que não aceitarão um acordo nas suas costas.
A questão da paz na Ucrânia e também da segurança na Europa vai também ser hoje discutida, mas pelos chefes de governo de pelo menos oito países europeus, os Presidentes do Conselho e da Comissão Europeia e o secretário-geral da NATO, numa reunião em Paris promovida pelo Presidente francês.
No encontro estarão, além da França, também a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, a Polónia, a Espanha, os Países Baixos e a Dinamarca.
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