Sábado – Pense por si

Putin recebeu chefe da diplomacia norte-americana no Kremlin

12 de abril de 2017 às 18:14
As mais lidas

Secretário de Estado norte-americano foi recebido pelo presidente russo para discutir a Síria

O Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu hoje no Kremlin (sede da Presidência da Rússia) o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, informou uma porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Moscovo.

"Eles encontraram-se", afirmou a porta-voz da representação diplomática em declarações aos jornalistas, sem adiantar mais pormenores deste encontro que não estava previsto no programa da primeira visita oficial do responsável americano à Rússia.

Citado pelas agências russas, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou igualmente que o governante russo recebeu o chefe da diplomacia norte-americana e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

Quando o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a escolha de Rex Tillerson, então presidente do Conselho de Administração do gigante petrolífero ExxonMobil, para liderar a diplomacia dos Estados Unidos, um dos aspectos mais focados na altura foram os laços estreitos que o empresário mantinha com a Rússia.

O encontro no Kremlin aconteceu depois de várias horas de negociações entre os chefes da diplomacia das duas potências e surge numa altura em que a relação entre Moscovo e Washington está tremida por causa de recentes desenvolvimentos no conflito na Síria, especialmente por causa do ataque com armas químicas em Khan Sheikhun (província de Idlib, noroeste da Síria), atribuído ao regime do Presidente sírio e aliado tradicional dos russos, Bashar al-Assad.

Hoje, em declarações a um canal de televisão, Putin disse que as relações entre a Rússia e os Estados Unidos deterioraram-se com a chegada de Donald Trump à Casa Branca.

Questionado pelo canal Mir 24 sobre a qualidade da relação Washington/Moscovo, Putin foi direto: "Podemos dizer que o grau de confiança nas nossas relações de trabalho, especialmente no domínio militar, não melhorou, mas pelo contrário deteriorou-se".