Maria Luís Albuquerque afirmou que os sociais-democratas vão apresentar alterações em matérias de natureza macroeconómica e estrutural, relacionadas com "a preocupação com os riscos para o futuro".
O PSD acusou hoje o Governo de seguir "uma estratégia errada" na proposta de Orçamento do Estado para 2018, que classificou como "uma oportunidade perdida", e comprometeu-se a apresentar propostas de alteração ao documento.
"O Orçamento do Estado que foi ontem [sexta-feira] entregue na Assembleia da República apresenta uma estratégia errada e revela falta de visão e falta de ambição para o futuro do país", criticou, em conferência de imprensa, a vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque.
A dirigente social-democrata apontou que "em três orçamentos deste Governo, dois são de desaceleração da economia" e destacou "o aumento do peso do Estado" como um sinal que preocupa o PSD.
Na sua declaração inicial, feita na sede nacional do PSD, em Lisboa, Maria Luís Albuquerque considerou que a proposta orçamental para o próximo ano representa "uma vez mais uma oportunidade perdida", lamentando que o Governo não aproveite um ciclo económico favorável para empreender reformas.
"Aproveitar o crescimento económico para fazer as reformas de que o país precisa seria a garantia de que não teríamos de fazer reformas penosas no futuro em momentos mais difíceis", afirmou.
Questionada se o PSD tenciona apresentar propostas de alteração ao documento, a vice-presidente do partido afirmou que os sociais-democratas irão adoptar uma estratégia semelhante à do ano passado, quando apresentaram alterações em matérias de natureza macroeconómica e estrutural, relacionadas com "a preocupação com os riscos para o futuro".
"Não vamos entrar no leilão orçamental", garantiu, escusando-se a adiantar, nesta fase, qualquer proposta concreta.
Sobre o facto de muitas medidas contidas no documento preverem o seu faseamento até 2019, ano de eleições legislativas, Maria Luís Albuquerque considerou ser "uma forma pouco séria de conduzir a política económica e orçamental" e de "criar ilusões nos eleitores". "Não podemos apostar tudo numa estratégia de consolidação do poder no presente e não da economia para o futuro", criticou.
Maria Luís Albuquerque chamou ainda a atenção para as diferenças que se têm verificado entre as propostas orçamentais do executivo socialista e a sua execução, sublinhando que, em 2017, ao contrário do que tinha sido prometido, "há um aumento marginal da carga fiscal" e o crescimento do investimento ficou muito abaixo do estimado.
O PSD lamentou ainda que o Governo insista em aumentar os impostos indirectos, que considera "menos visíveis para os cidadãos, mas mais injustos" porque afecta todos por igual, independentemente do seu rendimento.
Em matéria fiscal, Maria Luís Albuquerque criticou ainda o que chamou de "clima de instabilidade fiscal", aludindo a notícias que falavam da possibilidade de um aumento do IRC para certas empresas, que acabou por não se concretizar na proposta orçamental.
"Competimos hoje com uma série de países na captação de investimento estrangeiro, com uma constante ameaça de haver impostos sobre as empresas o dano provavelmente já esta feito por via das expectativas", alertou.
A vice-presidente do PSD lamentou que a proposta de OE para 2018 não continha "qualquer incentivo à poupança", nem um sinal de preocupação quanto à correcção do excessivo endividamento.
No final, Maria Luís Albuquerque foi questionada sobre a situação interna do PSD, que tem eleições directas para escolher um novo presidente em a 13 de Janeiro, sobre a qual apenas fez uma breve declaração para "evitar especulações".
"Não, não sou candidata à liderança do PSD", disse, não respondendo à pergunta sobre qual dos dois candidatos anunciados - Rui Rio e Pedro Santana Lopes - irá apoiar.
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