Além do protesto marcado para dia 14, os polícias vão concentrar-se junto à residência oficial do primeiro-ministro em São Bento.
Os polícias municipais realizam na quarta-feira uma greve de 24 horas para exigir a regulamentação da carreira e aumentos salariais, disse hoje à agência Lusa o presidente do sindicato do setor.
Paulo Calado
Além da greve, os agentes vão concentrar-se, em protesto, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, segundo explicou o presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira.
"Estamos a contar com uma adesão de cerca de 90% e com a participação em Lisboa de cerca de 500 agentes. Temos cinco autocarros cheios", adiantou.
Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país.
De acordo com o sindicalista, os agentes sentem-se "desrespeitados e menosprezados", uma vez que "a sua carreira profissional não está a ser valorizada".
"A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas", descreveu Pedro Oliveira.
O presidente do SNPM acusa os diferentes governos de se "esquecerem" destes agentes, ao contrário do que acontece com outros grupos profissionais.
"O nosso salário no início da carreira era o equiparado ao assistente técnico. Eles andaram a negociar a alteração dos índices do início das carreiras da administração pública. Os técnicos superiores foram aumentados e mais uma vez se esqueceram dos agentes da polícia municipal", criticou.
Assim, segundo o sindicalista, estes profissionais "estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional".
"É a polícia mais barata que existe. Não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável", alertou.
Devido a estas condições, Pedro Oliveira estima que nos últimos tempos abandonaram esta profissão cerca de 400 agentes.
"Neste momento temos pessoal para ir embora para outras carreiras e alguns para o privado. Nós estamos sempre a ser contactados para saber se há perspetivas de carreira, pois têm outras propostas", alertou.
Na quarta-feira, os agentes concentram-se a partir das 11:30 no Largo de Santos, partindo cerca das 12:00 em marcha de protesto em direção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento.
No dia 3 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.
Polícias municipais em greve para reivindicar aumentos salariais
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