Foi o que defendeu junto dos toxicodependentes o chefe da polícia nas Filipinas. No país, a campanha contra a droga iniciada pelo presidente já provocou 2 mil mortos
O chefe da polícia das Filipinas instou hoje os toxicodependentes a matarem os traficantes de droga e a queimar as suas casas, numa altura em que a controversa guerra ao crime já soma mais de 2 mil mortos.
"Por que não lhes fazem uma visita, regam as suas casas com gasolina e ateiam-lhes fogo para mostrar a vossa raiva?", questionou Ronald de la Rosa, num discurso transmitido hoje pela televisão.
"Eles estão todos a gozar o vosso dinheiro, dinheiro esse que destruiu o vosso cérebro. Vocês sabem quem são os barões da droga. Gostariam de os matar? Avancem. Matá-los é permitido porque vocês são as vítimas", afirmou Ronald de la Rosa.
O chefe da polícia das Filipinas falava na quinta-feira para centenas de consumidores de droga que se entregaram no centro das Filipinas.
Quando questionado se Rodrigo Duterte apoia o apelo ao homicídio e à prática de fogo posto de la Rosa, o porta-voz do Presidente Ernesto Abella negou que essa tenha sido a intenção do chefe da polícia.
"Não há tal apelo. É uma declaração acalorada", disse hoje Abella aos jornalistas.
O comentário do chefe da polícia das Filipinas surge na sequência das próprias directivas controversas do novo chefe de Estado das Filipinas.
Rodrigo Duterte, de 71 anos, que tomou posse a 30 de Junho, declarou guerra aberta contra a droga, tendo recebido inúmeras críticas de organizações como as Nações Unidas, tanto pelo elevado número de mortos como pelo que consideram violações de direitos e liberdades fundamentais.
Na réplica, Duterte disse que a ONU era "estúpida" por se opor à guerra contra a droga.
Apesar da violenta campanha, que já fez mais de 2 mil mortos desde 1 de Julho, Duterte mantém a sua popularidade, que se situa em 91% nas sondagens, a pontuação mais elevada granjeada por um chefe de Estado filipino.
Polícia: "Matá-los é permitido porque vocês são as vítimas"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.