Com esta medida pretende-se conter o fluxo de refugiados na Europa central, e que em simultâneo está a provocar a retenção de milhares de pessoas na Grécia, para onde se dirige a larga maioria desta vaga migratória proveniente das costas da Turquia.
O acordo foi adoptado por consenso entre os cinco países, precisaram as mesmas fontes, apesar de a Croácia não o ter cumprido integralmente.
"Na quinta-feira a Croácia enviou para a Eslovénia um total de 850 refugiados, muito acima do acordo adoptado, e tivemos que recordar-lhes o que ficou combinado", assinalou a polícia eslovena.
Na semana passada os países da designada "rota dos Balcãs" concordaram em Zagreb na aplicação de rigorosos controlos fronteiriços para a entrada de refugiados, com uma primeira "selecção" na fronteira entre a Macedónia e a Grécia.
No entanto, e após a reunião da semana passada, os chefes da polícia negaram a existência de cotas fixas, apesar de reconhecerem que o trânsito dos refugiados estar dependente da capacidade de acolhimento na Áustria e Alemanha.
"Os países signatários comprometeram-se a que o trânsito diário pelos países dos Balcãs ocidentais seria limitado a um número que permita o controlo eficaz de cada imigrante em conformidade com as regras [do espaço] Schengen", assinalou hoje a polícia eslovena.
A introdução de quotas máximas de acolhimento, os apertados controlos de identidade, a devolução de refugiados considerados "económicos", e em particular a exclusão da Grécia da reunião de quarta-feira entre a Áustria e nove países dos Balcãs está a originar um clima de tensão diplomática entre Viena e Atenas.
A Grécia, que em 2015 recebeu mais de 850.000 migrantes, sente-se excluída das decisões unilaterais que estão a ser adoptadas pelos seus vizinhos do norte e hoje recusou uma visita ao país solicitada pela ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner