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Pais que perderam filhos em avião abatido indemnizados

A companhia aérea Malaysia Airlines acordou uma indemnização para um casal australiano que perdeu vários familiares no avião derrubado por um míssil no leste da Ucrânia há três anos

A companhia aérea Malaysia Airlines acordou uma indemnização para um casal australiano que perdeu vários familiares no avião derrubado por um míssil no leste da Ucrânia há três anos, informou a imprensa local.

O acordo foi alcançado na sequência de uma acção apresentada contra a companhia aérea por Anthony Maslin e Marite Norris, um casal de Perth que perdeu os três filhos, de 12, 10 e oito anos, e o pai da mulher que viajava com eles no avião.

A companhia aérea anunciou um "acordo amigável e confidencial" com a família, que culminou na retirada da acção.

A Malaysia Airlines disse que não vai divulgar pormenores do acordo por respeito à privacidade da família, indicou um comunicado citado pelo diárioThe Star.

O avião do voo MH17 fazia a rota entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo, incluindo 173 holandeses, quando foi derrubado a 17 de Julho de 2014.

Uma investigação internacional determinou que o avião foi atingido por um míssil do sistema antiaéreo russo BUK, disparado a partir de um campo do leste da Ucrânia controlado por separatistas pró-russos.

Em 2014, a companhia malaia Malaysia Airlines perdeu dois aviões.

Além do Boeing 777 (voo MH17) abatido a 17 de Julho por um míssil na zona de conflito do leste da Ucrânia, onde combatem as forças governamentais e os rebeldes pró-russos, a empresa perdeu também o avião que operava o voo MH370.

O voo MH370 desapareceu a 8 de Março, quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo.

Uma semana depois do acidente confirmou-se que o último sinal foi recebido sete horas depois da partida, quando o aparelho sobrevoava o oceano Indico.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.