Presidente da Rússia fala numa "geração de vencedores" e na importância da união dos povos soviéticos. Sobre a guerra na Ucrânia - sem nunca falar em guerra - diz que "o perigo estava a aumentar todos os dias" e que o país "teve que se defender".
Vladimir Putin chegou à Praça Vermelha, em Moscovo, preparado para fazer o discurso mais esperado do Dia da Vitória. Falou na importância da união do povo soviético, do perigo dos inimigos que tentam criar guerras dentro do país - "mas que nunca conseguiram" - e do orgulho que tem numa "geração de vencedores". Contra as expectativas dos analistas, não declarou uma mobilização geral das tropas, falou pela primeira vez sobre baixas militares e reconheceu a morte de soldados na Ucrânia.
"Este é um dia importante para cada um de nós. Na Rússia não há uma única família que não tenha sido tocada pela guerra" afirmou o presidente, ressalvando as centenas de pessoas que se encontravam na Praça Vermelha, e em outras regiões da Rússia, levaram fotografias de familiares - ou "heróis", como os chama - que morreram na Segunda Guerra Mundial.
Não esqueceu o "orgulho dos soldados que ajudaram a combater o nazismo", nem os soldados de Donbass estão a combater naquela que Putin considera ser "a sua terra".
"Eu falo pelas tropas que estão em Donbass. Vocês estão a combater pela vossa pátria, pelo vosso futuro, para que o nazismo não volte. A combater pelas vossas mães e pais, avós, filhos, amigos... Em memória de todos os idosos, mulheres, crianças que morreram na era do nazismo. Hoje homenageamos todos os heróis russos que sacrificaram as suas vidas. O nosso dever é preservar a memória"
Referiu que, neste momento, o mais importante é garantir a segurança da "pátria" e justifica as ações na Ucrânia dizendo que a Rússia vinha há algum tempo a ser ameada internacionalmente.
"A NATO não quis ouvir a Rússia, tinham outros planos. Estava a ser operada uma operação em Donbass, contra o povo de Donbass. As nossas fronteiras estavam a ser exploradas criando uma real ameaça para o país. Nós vimos o que as infraestruturas militares estavam a fazer. O perigo estava a aumentar todos os dias. A Rússia teve que se defender. A decisão que tomado foi a correta, a de um país unido"
A carregar o vídeo ...
As imagens da chegada de Vladimir Putin à cerimónia do Dia da Vitória
O discurso terminou recordando os entes passados - avós, pais, filhos, amigos - sem esquecer a União Soviética e apelando sempre à importância da segurança da Rússia.
"Para os nossos pais e avós a segurança da nossa pátria sempre foi da maior importância. A independência da Rússia é o maior valor que o nosso país tem. Os veteranos que lutaram contra o nazismo são os nossos heróis e mostraram a maior das coragens. Pela vitória, pela Rússia!"
Às palavras do presidente Vladimir Putin, a multidão na Praça Vermelha gritou de forma sonante "urra" e os canhões dispararam. Como previsto, o desfile das tropas vai envolver cerca de 11 mil soldados, homens, mulheres e cadetes, de diferentes formações mas, de acordo com Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin citado por orgãos de informação russos, não vai haver "componente aerea". Estava planeado a participação de dezenas de aeronaves militares que foram suspensas por questões metereológicas.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?