Nos quartos de final, jogo marcado para sábado, às 15h (em Lisboa), Portugal vai defrontar Marrocos, que hoje eliminou a Espanha, no desempate por penáltis (3-0, após 0-0 nos 120 minutos).
Mundial2022: Portugal nos 'quartos' com 'hat-trick' de Gonçalo Ramos à Suíça
A seleção portuguesa de futebol imperou esta terça-feira rumo aos quartos de final do Mundial2022, diante da Suíça (6-1), que não se apresentou ao nível exigido e facilitou a tarefa aos lusos, pagando cara a eliminação nos 'oitavos'.
REUTERS/John Sibley
No Estádio Lusail, o maior da competição do Qatar, onde Portugal tinha confirmado a presença nos 'oitavos', face a um triunfo sofrido com o Uruguai (2-0), o avançado Gonçalo Ramos estreou-se a titular e logo com um 'hat-trick' -- o primeiro da presente edição do Mundial -, marcando aos 17, 51 e 67 minutos, o central Pepe apareceu na área para fazer história a nível pessoal, aos 33, e Raphaël Guerreiro e Rafael Leão também fizeram o gosto ao pé, aos 55 e 90+2, respetivamente. Pelos desastrados suíços, marcou o central Akanji, aos 58.
No sábado, pelas 15h (em Lisboa), no Estádio Al Thumama, em Doha, Portugal vai medir forças com Marrocos, que hoje eliminou a Espanha, no desempate por penáltis (3-0, após 0-0 nos 120 minutos).
Para tentar a terceira presença de Portugal nos 'quartos' da prova mais importante de seleções, o selecionador luso teve a ousadia de fazer aquilo que talvez alguns duvidassem: colocar Cristiano Ronaldo no 'banco' num jogo a eliminar, fazendo entrar para o seu lugar Gonçalo Ramos, talvez por culpa da atitude do capitão na altura de ser substituído na derrota com a Coreia do Sul (2-1), algo que Fernando Santos não gostou "mesmo nada".
De resto, foram mais sete mudanças para o confronto de hoje, em que apenas se mantiveram no 'onze', tendo em conta aquele que perdeu com os sul-coreanos, Diogo Costa, Diogo Dalot e Pepe.
Rúben Dias, Raphaël Guerreiro, William Carvalho, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Otávio, João Félix e Gonçalo Ramos foram as restantes 'caras' que figuraram no 'onze'.
No lado helvético, Murat Yakin montou a equipa com uma linha de três centrais, dois laterais, três médios e com Shaqiri no apoio ao poderoso Embolo, um sistema com qual Portugal não se costuma dar bem.
Ainda assim, a equipa lusa, mesmo sem grandes ideias de jogo, já que apostava mais no improviso e socorria-se, muitas das vezes, de Bernardo Silva para iniciar a construção a partir de trás, pareceu não deparar-se com problemas de maior nos primeiros minutos.
Os suíços aparentavam estar mais confortáveis na troca de bola, explorando a defesa lusa através do possante Embolo, mas cá atrás, a defesa não se mostrou à altura, e João Félix agradeceu para se entender na perfeição com Gonçalo Ramos, que 'fuzilou' Sommer de pé esquerdo, abrindo o marcador, aos 17 minutos, sem que se justificasse.
Em desvantagem, o melhor que a Suíça fez foi obrigar Diogo Costa a aplicar-se entre os postes, num livre direto batido por Shaqiri, porém, houve nova 'aberta' dos centrais helvéticos e Portugal encaminhou-se para confirmar a presença nos 'quartos'.
A equipa de Murat Yakin acusou claramente o golo sofrido e, numa bola parada, o experiente Pepe saltou como quis entre Schar e Akanji, após pontapé cobrado por Bruno Fernandes, para, aos 39 anos, ser o segundo jogador mais velho de sempre a marcar em Mundiais e o mais velho em fases a eliminar.
A partir daqui, os lusos perceberam que o tamanho desacerto defensivo adversário podia dar mais frutos na baliza de Sommer, que só não voltou a sofrer dos 'pés' de Ramos antes do tempo de descanso, porque se esticou todo para defender a bola para canto.
O segundo tempo iniciou-se da mesma forma como acabou o primeiro, com Portugal a fazer o que queria, a Suíça a ver jogar e Gonçalo Ramos a bisar, colocando, praticamente, um ponto final na história da partida, aos 51 minutos. Diogo Dalot serviu bem o avançado do Benfica para este empurrar para o fundo das 'redes'.
A Suíça já não acreditava e, perante um desequilíbrio tão gritante, até deu para o lateral Raphaël Guerreiro subir até à área contrária para marcar de pé esquerdo, a passe de Ramos, que viria a tornar-se na grande figura do encontro, quando anotou o quinto dos lusos, novamente a passe de Félix, 'picando' a bola sobre o corpo de Sommer.
Pelo meio, Portugal não fez esquecer as debilidades defensivas visíveis nos outros encontros do Mundial, permitindo a Manuel Akanji encurtar distâncias ao segundo poste, na sequência de um pontapé de canto, aos 58 minutos.
O nome de Cristiano Ronaldo foi várias vezes proferido pelos muitos adeptos presentes nas bancadas de Lusail e o selecionador Fernando Santos fez-lhes a vontade, colocando o avançado, agora sem clube, no lugar de João Félix, embora sem acrescentar nada ao jogo das 'quinas', à semelhança do que tem mostrado no Qatar.
O jogo não terminaria sem que o suplente utilizado Rafael Leão marcasse o seu segundo golo no torneio, depois do primeiro apontado ao Gana, na estreia, ao desferir um belo pontapé cruzado, já para lá dos 90 minutos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.