"Quando existirem publicações sérias, fundamentadas em coisas ou referentes a coisas sérias, então iremos lê-las com interesse", afirmou o porta-voz do Kremlin.
A Presidência russa classificou hoje como "alegações infundadas" as informações avançadas pela investigação jornalística intitulada 'Pandora Papers' que apontam que vários elementos próximos do Presidente Vladimir Putin possuem fortunas escondidas em paraísos fiscais ('offshores').
"Neste caso, estamos simplesmente perante um conjunto de alegações completamente infundadas (...). Quando existirem publicações sérias, fundamentadas em coisas ou referentes a coisas sérias, então iremos lê-las com interesse", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em declarações aos jornalistas.
"Não compreendemos como estas informações podem ser consideradas como fiáveis", prosseguiu o representante.
Uma nova investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em inglês), publicada no domingo e chamada 'Pandora Papers', põe a descoberto os "segredos financeiros" de 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.
Segundo o trabalho de investigação do ICIJ, Svetlana Krivonogikh, uma mulher apresentada pelos 'media' russos como uma ex-amante de Putin, adquiriu em 2003 um apartamento por quatro milhões de dólares no Mónaco através de contas bancárias escondidas em paraísos fiscais.
Em novembro de 2020, o portal de jornalismo de investigação Proekt avançou que Svetlana Krivonogikh teria tido uma ligação amorosa com Putin entre a década de 1990 e o início dos anos 2000.
Durante esse período, segundo revelou o 'site' russo, o casal terá tido uma filha, nascida em 2003 e chamada Elizaveta, e Svetlana Krivonogikh terá acumulado uma fortuna classificada como colossal.
Na altura, o Kremlin negou as informações publicadas pelo Proekt, com o porta-voz da Presidência russa a afirmar que o trabalho desenvolvido pelo portal se tratava de "jornalismo barato" e de meras "provocações".
Em julho passado, o Ministério Público russo classificou o portal de jornalismo de investigação Proekt como uma organização "indesejável", proibindo a atividade do 'site' informativo por este representar "uma ameaça" para a ordem e para a segurança da Rússia.
Piotr Kolbine, outro nome que também integra o círculo mais próximo de Vladimir Putin, também está referenciado na investigação jornalística 'Pandora Papers'.
De acordo com os dados recolhidos pelo ICIJ, Piotr Kolbine tem ligações a um lucrativo esquema de sociedades 'offshore' que também envolve o oligarca Guennadi Timtchenko, outro amigo do chefe de Estado russo.
A nova investigação jornalística avança igualmente que Konstantin Ernst, presidente-executivo de um canal de televisão russo que tem uma forte ligação ao Kremlin, fez uma aquisição, em termos pouco esclarecidos, de um vasto terreno localizado em Moscovo através de uma sociedade 'offshore'.
O ICIJ diz ter baseado a sua investigação numa "fuga sem precedentes", envolvendo cerca 11,9 milhões de documentos, trabalhados por cerca de 600 jornalistas, a "maior parceria da história do jornalismo".
Entre as várias personalidades referidas na investigação 'Pandora Papers', publicada por diversos 'media' à escala mundial, estão o rei Abdallah II da Jordânia, o primeiro-ministro da República Checa, Andrej Babis, e o Presidente do Equador, Guillermo Lasso.
Kremlin classifica como "alegações infundadas" informações no Pandora Papers
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