"Deixei 15 mil milhões de dólares no Banco Nacional de Angola como reservas internacionais", afirmou o antigo presidente angolano aos jornalistas.
O ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos negou ter deixado a Presidência com os cofres vazios, garantindo que deixou pelo menos 15 mil milhões de dólares ao Executivo que lhe sucedeu, contrariamente às declarações do seu sucessor.
"Não deixei os cofres do Estado vazios. Em Setembro de 2017, na passagem de testemunho, deixei 15 mil milhões de dólares no Banco Nacional de Angola como reservas internacionais líquidas a cargo de um gestor que era o governador do BNA sob orientação do Governo", disse.
Numa declaração aos jornalistas sem direito a perguntas, na sede da Fundação Eduardo dos Santos, em Luanda, o antigo presidente angolano afirmou a necessidade de "prestar alguns esclarecimentos" sobre a forma como conduziu a coisa pública durante os 38 anos de Governo.
Numa entrevista, no sábado, ao jornal português Expresso, o presidente angolano, João Lourenço, disse que quando assumiu o poder encontrou os cofres vazios ou a serem esvaziados.
Segundo Eduardo dos Santos, o Orçamento Geral do Estado é aprovado pela Assembleia Nacional e todas as receitas e despesas do Estado devem estar obrigatoriamente inscritas.
"O OGE de 2017 tinha um défice de 6% e a cobertura desse défice era suportada com a venda de títulos do tesouro aos bancos comerciais, dívida que tinha de se pagar mais tarde com juros e o dinheiro depositado no tesouro", justificou Eduardo dos Santos, respondendo às acusações feitas por João Lourenço.
A declaração de Eduardo dos Santos foi feita instantes após o avião do presidente angolano ter partido para Portugal, onde realiza uma visita de Estado de três dias.
José Eduardo dos Santos: "Não deixei os cofres do Estado vazios”
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