Rosa Martins actuou em Inglaterra, Polónia e Alemanha nos últimos dias, mas também já passou por Taiwan, Amesterdão, Viena, Istambul e Paris
Quem passa na Rua Augusta, em Lisboa, certamente já terá ouvido Rosa Martins, uma cantora invisual que desde jovem canta na rua, mas provavelmente não desconfia que a portuguesa esgota casas de concertos em todo o mundo.
Nos últimos dias actuou em Inglaterra, Polónia e Alemanha com casa "super cheia, esgotada mesmo", parte da tournée para promover o último discoSou Luz, mas também já passou por Taiwan, Amesterdão, Viena, Istambul e Paris.
Apesar do sucesso internacional, Dona Rosa, como é conhecida no mundo artístico, acaba por voltar às ruas quando regressa a Portugal.
"Infelizmente, em Portugal ainda tenho que trabalhar na rua. Não vou todos os dias. Por exemplo, agora tenho esta tournée, já dá para ficar um tempo a descansar mas, infelizmente, não tenho assim tantos concertos que dê para deixar mesmo a rua. Quando vou para a rua tenho os CD para vender", disse à Lusa.
Raul Abreu, guitarrista que acompanha a cantora, acredita que a falta de concertos em Portugal se deve a um "certo estigma, por ser uma cantora de rua, por ser uma pessoa pobre, invisual. Os poucos concertos que ela fez em Portugal, correram sempre muito bem mas com produtores e agentes não".
Foi na Rua Augusta que um produtor austríaco, responsável pela Casa da Música de Viena, ouviu Dona Rosa pela primeira vez, convidando-o a participar na produção televisivaVozes do Mundoem Marraquexe, Marrocos.
"Ele achou que era algo único. Não era aquela voz sofisticada, era uma voz com um grande potencial e diferente de todas as outras", explicou o guitarrista à agência Lusa em Berlim.
Em Marrocos, conheceu um agente alemão, iniciando as digressões e a produção de discos.
Lançou o primeiro disco Histórias de Ruaem 2000, seguindo-seSegredosem 2003,Alma Livreem 2007 eSou Luzem 2012, um trabalho que convida "as pessoas a fecharem os olhos para verem melhor".
As salas de concertos de Dona Rosa estão às escuras, desafiando o público a "partilhar e a escutar a música, ouvindo com a alma. É um momento de escuta, de interiorização, de deixar as emoções fluírem", acrescentou o guitarrista.
"Agora habituaram-se a isso. Para mim não me faz diferença, mas acho que, para quem vê, deve ser um bocado complicado", brincou Dona Rosa.
A viagem às cegas dá lugar a uma nova luz na segunda parte em que a personagem principal, a seguir a Dona Rosa, é Lisboa, através da projecção de imagens da capital.
Os jornais alemães que falam de um "portugiesischen Blues" para se referir à portuguesa que canta fado e "um bocadinho de tudo", mas Dona Rosa garantiu que, acompanhada por Raul Abreu na guitarra e Inês Vaz no acordeão, entoa "tudo o que seja português".
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