Maria João Santos revela em tribunal que a prestação informal de serviços aconteceu em 2013
Uma ex-secretária de José Sócrates admitiu esta terça-feira, no julgamento do processo Operação Marquês, que o antigo primeiro-ministro lhe chegou a pagar os serviços prestados com dinheiro em numerário entregue pelo motorista, João Perna.
José Sócrates à saída do tribunalMiguel Baltazar/Jornal de Negócios
Segundo Maria João Santos, a prestação informal de serviços aconteceu em 2013, depois de o chefe de Governo entre 2005 e 2011 ter regressado de Paris (França) e ter pedido à secretária, funcionária do Partido Socialista (PS), para meter uma licença sem vencimento.
"Nunca tive nenhum contrato com José Sócrates. [...] Se eu não tenho um contrato, no fundo ele está a dar-me uma ajuda pelos serviços que estou a prestar de secretariado", afirmou a secretária, precisando que era João Perna quem entregava o dinheiro.
Maria João Santos acrescentou que as entregas ocorreram exclusivamente na sua casa, em Azeitão, concelho de Setúbal, e não também, como indiciam interceções telefónicas, na sede do PS, no largo do Rato, em Lisboa.
José Sócrates, de 68 anos, está pronunciado (acusado após instrução) de 22 crimes, incluindo três de corrupção, por ter, alegadamente, recebido dinheiro para beneficiar em dossiês distintos o grupo Lena, o Grupo Espírito Santo (GES) e o 'resort' algarvio de Vale do Lobo.
O Ministério Público considera que os montantes terão sido recebidos com recurso a testas-de-ferro e parcialmente distribuídos em numerário por pessoas da esfera do antigo primeiro-ministro.
No total, o processo conta com 21 arguidos, que têm, em geral, negado a prática dos 117 crimes económico-financeiros que lhe são imputados.
João Perna, de 56 anos, é um destes arguidos e responde por um crime de branqueamento de capitais.
O julgamento decorre desde 03 de julho no Tribunal Central Criminal de Lisboa e tem sessões agendadas pelo menos até 18 de dezembro de 2025.
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