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José Sócrates diz-se "desconsiderado": "Para a juíza o direito da defesa é irrelevante"

Antigo primeiro-ministro garante que juíza do processo Operação Marquês hostilizou o seu advogado

José Sócrates assegurou esta terça-feira que o tribunal "desconsiderou" o seu advogado e "amigo" Pedro Delille, que cessou funções na defesa do antigo primeiro-ministro no julgamento do processo Operação Marquês.

José Sócrates
José Sócrates

"A reação do tribunal diz tudo, achou que devia continuar [a sessão] sem que nada acontecesse", revelou Sócrates, à saída do Tribunal Central Criminal de Lisboa. "Para a juíza o direito da defesa é irrelevante. Há muito tempo que vivemos esta situação, para a justiça portuguesa perdi todos os meus direitos", continuou, realçando que "o tribunal fez de tudo para hostilizar" a sua defesa.

O advogado oficioso do antigo primeiro-ministro, José Ramos, pediu um adiamento de 48 horas, alegando não conhecer os detalhes do processo, mas o coletivo de juízes indeferiu o pedido, alegando que  a Operação Marquês é um processo urgente e de que o prazo seria "manifestamente insuficiente" para ficar a conhecer os autos. 

"A senhora juíza acha que faz o que quer sem respeitar a lei", atirou ainda Sócrates, deixando críticas o tribunal por não ter dado o prazo pedido pelo advogado oficioso.

José Ramos reiterou a necessidade de estudar o caso. "Pedi um mínimo de 48 horas. Sem esse prazo não me sinto habilitado para defender o engenheiro José Sócrates."

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