O único avançado entre os 23 de Fernando Santos não dá importância às críticas e diz não querer calar ninguém com os golos. A luta branca com que comemora os tentos serve para recordar as adversidades passadas. E a confiança dá até para brincar com uma possível título de "bota de ouro" do Euro
Criticado pelos adeptos, que o consideram o elemento mais fraco entre os 23 convocados de Fernando Santos, o avançado Éder assegurou não estar muito preocupado com o estatuto de "patinho feio" da Selecção que começa a disputar o Euro 2016 na terça-feira. Numa conferência de imprensa marcada pelo sentido de humor, o jogador do Lille disse até que podia ser ele o melhor marcador do torneio.
"Trabalho da melhor forma para conseguir ultrapassar essas adversidades. Desde criança que ultrapasso adversidades e isso tem sido muito importante na minha vida. Vou continuar a trabalhar e a dar o meu melhor", afirmou Éder em conferência de imprensa, minutos antes de mais um treino de Portugal no Centro Nacional de Râguebi, em Marcoussis.
Com apenas um golo em 23 jogos pela formação das "quinas", o jogador de 28 anos foi chamado pelo seleccionador, sendo mesmo o único avançado da equipa. Nos três jogos de preparação, Éder marcou dois golos, mas garante que não está preocupado em "responder" a ninguém. "Não procuro calar ninguém. O meu objectivo é apenas ajudar a Selecção da melhor e é nisso que estou concentrado", referiu.
Éder demonstrou não se deixar abater com o estatuto de suplente, estando preparado para jogar apenas "um, dois ou 10 minutos, e explicou porque usa uma luva branca sempre que marca um golo. "Tem a ver com toda a adversidade que passei na minha vida. É esse o objectivo. Dar ânimo para poder atingir os meus objectivos", contou o avançado, que cresceu numa instituição de solidariedade nos arredores de Coimbra.
Quando questionado sobre quem via como melhor marcador do Europeu, e riu-se e não hesitou. "Não sei… Posso ser eu", atirou o avançado, para logo acrescentar: "Este Europeu tem grandes jogadores, grandes pontas de lança, como o Cristiano e o Lewandowski. Mas não quero apostar nisso."
Éder destacou ainda a confiança que tem recebido de Fernando Santos e admitiu que nunca pensou em usar a braçadeira de "capitão" da seleção nacional, algo que aconteceu no particular com a Noruega (3-0). "Não estava a espera. Só me apercebi quando o Ricardo Carvalho e Quaresma saíram e me vieram entregar a braçadeira. Foi um orgulho enorme", explicou.
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