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CDS-PP: Presidente do Conselho Nacional lamenta desfiliações mas diz que partido "não são pessoas"

Afirmando que o partido pode "eventualmente estar a viver" um momento de crise, Filipe Anacoreta Correia assinalou que o partido "sempre sobreviveu a esses diferentes momentos".

O presidente do Conselho Nacional do CDS defendeu hoje que, apesar de "lamentar" a desfiliação de militantes, o "CDS não são pessoas", e, "por muito que alguns queiram proclamar a morte" do partido, "esse dia ainda não chegou".

Numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, Filipe Anacoreta Correia reagiu à desfiliação de militantes do partido, como Adolfo Mesquita Nunes ou António Pires de Lima, afirmando que "o CDS não são pessoas" e "não se confunde com personalidades ou com a dimensão que cada personalidade possa ter".

"Nós acompanhamos a notícia da sua decisão de saída do partido com pesar -- não a festejamos, lamentamos --, mas temos a certeza de que nunca um partido se confunde com essas personalidades e, bem ou mal, nós sabemos, no CDS, que o seu processo histórico foi sempre acompanhado de crises associadas a novos ciclos de liderança".

Afirmando que o partido pode "eventualmente estar a viver" um desses momentos de crise, e reconhecendo que "é sempre um momento desafiante" e "difícil", o presidente do Conselho Nacional do CDS salientou que, no passado, o partido "sempre sobreviveu a esses diferentes momentos".

"Por muito que alguns queiram proclamar a morte deste partido, há uma coisa que estou absolutamente seguro: esse dia ainda não chegou", afirmou.

Segundo Anacoreta Correia, há "sinais claros de grande fortalecimento do partido", elencando os resultados das eleições autárquicas, e afirmando que tem uma "confiança muito grande" que, "na situação em que os portugueses se encontram", "há um desejo, há uma esperança rela de mudança, porque o PS e este Governo têm feito mal ao país".

Questionado sobre se não teme que a situação interna no partido possa afetar a prestação do CDS nas eleições legislativas, o presidente do Conselho Nacional respondeu que "os portugueses falarão a seu tempo", mas esperam "políticos diferentes", "renovação", "cara lavada".

"A convicção que tenho é que, se nós formos corretos, se nós soubermos exatamente a verdade que estamos a servir, a importância da noção do propósito com que nos apresentamos aos portugueses, a minha convicção profunda é que os portugueses percebem, avaliam, e saberão reconhecer isso mesmo", afirmou.

Anacoreta Correia afirmou que acredita "profundamente" que o partido está "num processo de crescimento" e ao "encontro" dos portugueses", processo esse que será "absolutamente decisivo" para o "futuro de Portugal" e, nesse sentido, pediu àqueles que se desfiliaram do partido para que "pensem um bocadinho também em todas aquelas pessoas que fizeram quilómetros, suportando-os, contribuindo para a notoriedade que hoje têm".

"Que nalgum momento pensem em todos aqueles que ficam e que não os acompanham e que, talvez, possam moderar a sua divulgação de sinais de fragilização do partido. Muito do que essas pessoas são seguramente também devem ao partido", defendeu.

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