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A dirigente bloquista considerou que o acordo entre a zona euro e a Grécia "não foi um acordo, foi uma imposição"
A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou esta segunda-feira que a cimeira da zona euro foi "um verdadeiro golpe de Estado", considerando o acordo de princípio para um novo resgate uma imposição do estilo "colonialista".
Catarina Martins disse que aquilo a que se assistiu durante a cimeira da zona euro, iniciada domingo à tarde e que terminou hoje de manhã com um acordo de princípio para um resgate para três anos, "não foi um acordo, foi uma imposição".
Para a dirigente bloquista, a cimeira "foi um verdadeiro golpe de Estado, que põe em causa o próprio regime da União Europeia", sublinhando que "a democracia foi completamente varrida do mapa para dar lugar a imposições do estilo colonialista".
Essas mesmas "imposições" "põem em causa a sobrevivência da União Europeia", frisou a porta-voz do BE, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião com a Associação Académica de Coimbra, na Faculdade de Letras.
Face aos resultados da cimeira da zona euro, Catarina Martins salientou que será necessária "uma reflexão muito séria sobre o projecto europeu e o seu futuro", voltando a dizer que se a moeda única na Europa apenas significa "austeridade então a moeda única não interessa".
A Europa que existe hoje é "uma Europa da punição de quem ousa não querer seguir a bitola da Alemanha", constatou, escusando-se a dizer se o Governo grego deveria ter recusado ou não o acordo.
A dirigente do BE criticou ainda a postura do Governo português por ser "o único Governo de um país do sul da Europa que não se opôs a uma eventual saída do euro da Grécia, quando todos os países perceberam que essa chantagem não deveria ser posta em cima da mesa".
"Passos Coelho decidiu ficar ao lado da Alemanha" e ajudou a alimentar "a chantagem sobre a Grécia", criticou, referindo que essa mesma atitude deve envergonhar o povo português e cria "mais preocupações sobre o futuro do nosso país".
Até quarta-feira, o Parlamento grego tem que aprovar medidas como o aumento do IVA e o alargamento da base tributária para aumentar as receitas fiscais, a reforma do sistema de pensões – incluindo a garantia da sua sustentabilidade a longo prazo –, o assegurar da independência do instituto de estatísticas grego (ELSTAT) e a aplicação integral das principais normas previstas do Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária.
Até Outubro, as autoridades gregas têm também que levar a cabo "reformas ambiciosas nas pensões" e "aplicar a cláusula do défice zero ou medidas alternativas aceites pelas partes".
O texto prevê também a privatização do operador da distribuição de energia eléctrica (Admie) ou medidas de substituição com valor equivalente.
No que respeita ao mercado laboral, prevê-se a modernização da negociação colectiva, incluindo os despedimentos.
Um programa de privatizações está também inscrito no acordo, sendo as verbas canalizadas para um fundo que monetiza activos gregos.
Catarina Martins: cimeira foi um verdadeiro golpe de estado
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