"Entre 2010 e 2018, a mortalidade prematura devido a doenças cardiovasculares diminuiu quase 20% e quase 10% devido ao cancro, embora o cancro ainda represente mais de 20% de todas as mortes, situação agravada pelo impacto da pandemia no rastreio e tratamento", refere o Relatório Europeu da Saúde 2021.
O cancro é responsável por 20% das mortes na Europa, continente com uma das taxas de suicídio mais elevadas do mundo e onde as infeções por VIH estão a aumentar, alertou esta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde.
"Entre 2010 e 2018, a mortalidade prematura devido a doenças cardiovasculares diminuiu quase 20% e quase 10% devido ao cancro, embora o cancro ainda represente mais de 20% de todas as mortes, situação agravada pelo impacto da pandemia no rastreio e tratamento", refere o Relatório Europeu da Saúde 2021 da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
De acordo com o documento, o suicídio constitui um "importante contribuinte para a mortalidade prematura" que, apesar da redução registada, na região europeia da OMS continua a ter uma das taxas de mortalidade por suicídio "mais elevadas a nível mundial".
Em 2019, mesmo antes da pandemia, 119.000 pessoas na região europeia da OMS, que inclui mais de 50 países, "morreram por suicídio", salienta o relatório.
A OMS alerta ainda que a Europa é uma das duas regiões da OMS onde o número de infeções por VIH está a aumentar, com um crescimento de cerca de 6% para cada 1.000 pessoas entre 2015 e 2019, sendo o sexo heterossexual a forma mais comum de transmissão (50%).
O documento refere também que dois terços de todas as mortes antes dos 70 anos na Europa são causadas por doenças cardiovasculares, cancros, doenças respiratórias crónicas e diabetes, causadas por quatro fatores de risco comportamentais modificáveis: o consumo de tabaco, a dieta pouco saudável, a falta de atividade física e o uso prejudicial do álcool.
Em 2018, as doenças cardiovasculares foram as que mais contribuíram para a mortalidade prematura (48,9%), seguidas de perto pelo cancro (44,1%), enquanto as doenças do sistema respiratório (3,7%) e da diabetes (3,3%) tiveram impactos menores neste indicador.
A OMS avança ainda que o consumo total de álcool per capita diminuiu 1,3 litros entre 2000 e 2019, no entanto, os níveis de consumo na Europa continuam a ser os mais elevados a nível global.
"Anualmente, os adultos (pessoas com 15 anos ou mais) da região bebem, em média, 9,5 litros de álcool puro", o equivalente a 190 litros de cerveja, 80 litros de vinho ou 24 litros de bebidas espirituosas, alerta o relatório da OMS Europa.
Em Portugal, de acordo com o relatório, o consumo total per capita aumentou de 11,9 para 12.1 entre 2015 e 2019.
Segundo o relatório, o consumo de álcool está associado a 31% das mortes por doenças digestivas, 11% das mortes por doenças cardiovasculares, 6% das mortes por cancro, 30% das mortes por lesões não intencionais (quedas, afogamentos, acidentes de viação) e 39% das mortes por lesões intencionais (suicídio ou homicídio).
Relativamente ao consumo de tabaco, a prevalência padronizada da taxa entre pessoas com 15 anos ou mais foi de 26,3% em 2018 na Europa, tendo aumentado em Portugal entre 2010 e 2018.
A OMS alerta que o uso de cigarros eletrónicos tem vindo a ganhar popularidade entre as pessoas entre os 13 e os 15 anos, com alguns países a registarem as taxas de utilização dos cigarros eletrónicos entre os jovens mais elevadas do que as dos cigarros convencionais.
Na maioria dos países da região europeia da OMS, a prevalência de excesso de peso e de obesidade é maior nos rapazes dos 7 aos 9 anos (29%) do que nas raparigas (27%) e quase uma em cada três crianças desta faixa etária vive com excesso de peso ou obesidade.
O documento sublinha também que todos os países cumpriram a meta para a mortalidade materna de menos de 70 por 100.000 nados vivos até 2030, estando a taxa situada nos 13 por 100.000 nados vivos, a partir de 2017.
Quanto aos profissionais de saúde, a região europeia da OMS tem a maior taxa de médicos (47,2 por 10.000 habitantes) em todo o mundo e regista a segunda maior taxa de pessoal de enfermagem (81,9 por 10 000 habitantes).
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