Sábado – Pense por si

Boris Johnson diz que não haverá novo referendo de independência na Escócia

08 de maio de 2021 às 12:28
Capa da Sábado Edição 26 de agosto a 1 de setembro
Leia a revista
Em versão ePaper
Ler agora
Edição de 26 de agosto a 1 de setembro
As mais lidas

Recusando adiantar como responderia se Sturgeon decidisse promover uma consulta unilateral, Boris Johnson afirmou: "Essa não é a questão agora. Não acho que seja isso que estes tempos pedem."

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recusou este sábado qualquer possibilidade de realizar um novo referendo de independência na Escócia, mesmo que o Partido Nacional Escocês (SNP) obtenha maioria absoluta no parlamento regional.

"Acho que um referendo no contexto atual é irresponsável e temerário", disse o primeiro-ministroem entrevistaao jornalThe Telegraph, quando questionado sobre se aceitaria uma nova consulta depois da realizada em 2014, na qual os escoceses votaram pela permanência no Reino Unido.

O SNP, liderado pela primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, mantém a liderança nas eleições parlamentares de Edimburgo (regionais), realizadas na quinta-feira, tendo ganho 39 dos 48 lugares apurados até agora.

De acordo com a contagem, o SNP não perdeu nenhum lugar e ganhou mais três - dois que estavam anteriormente atribuídos aos conservadores e um aos trabalhistas -, embora, segundo a agência de notícias espanhola, Efe, analistas considerem improvável que chegue à maioria absoluta, algo que conseguiria com o apoio dos Verdes.

Johnson reconheceu seguir "com atenção" os resultados na Escócia, mas acrescentou que, em sua opinião, o SNP se afastou da ideia de um novo referendo.

"Não creio que este seja o momento de ter mais disputas constitucionais, é falar sobre dilacerar o nosso país, quando o que as pessoas querem é consertar a nossa economia e reconstruir juntos", disse aoTelegraph.

Recusando adiantar como responderia se Sturgeon decidisse promover uma consulta unilateral, afirmou: "Essa não é a questão agora. Não acho que seja isso que estes tempos pedem."

Apesar das palavras do chefe do Governo britânico, o "número dois" do SNP, John Swinney, disse hoje à BBC que tudo indica que o seu partido será o principal em Holyrood (sede do poder legislativo regional) e que deverão aguardar-se as suas decisões.

"Johnson não é o senhor feudal da Escócia. Ele é o primeiro-ministro do Reino Unido. E se o parlamento escocês for eleito com uma maioria de parlamentares comprometidos com o referendo, isso deve ser respeitado", afirmou.

A contagem dos votos para a composição do parlamento com 129 lugares prossegue durante o dia de hoje.

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?